Deputado cita ansiolíticos em debate sobre drogas: “Ninguém tá puro”
Max Maciel discursou contra guerras às drogas e citou que o DF é a “unidade da Federação que mais toma ansiolítico”: “Ninguém ‘tá’ puro”
atualizado
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O deputado distrital Max Maciel (PSol) criticou a chamada “guerra às drogas” e a demonização da maconha fazendo um paralelo com drogas lícitas. Citando que o Distrito Federal é a unidade da Federação que “mais toma ansiolítico”, o parlamentar brincou: “Ninguém ‘tá’ puro no DF”.
Ansiolíticos são medicamentos vendidos sob receita, usados para aliviar a ansiedade ou ajudar a dormir, por exemplo, atuando em determinadas áreas do cérebro. O uso pode causar dependência. O discurso foi feito na Comissão de Legislação Participativa da Câmara dos Deputados, que debateu a criminalização do porte de drogas em qualquer quantidade, tema da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45/23.
“Muita gente acha que tem a maconha medicinal, como se fosse outra, e existe a maconha do demônio. Mas é um uso medicinal, ou até o uso recreativo, a partir da sua condição”, disse.
Max também citou os impactos negativos da guerra às drogas pelo mundo. “Todos aqueles países que investiram nessa chamada guerra às drogas já viram que deu muito ruim e voltaram atrás. Nos Estados Unidos, agora estão querendo colocar, inclusive, a maconha como os anabolizantes estão inseridos.”
A Comissão na Câmara federal foi realizada a pedido da deputada Sâmia Bomfim (PSol-SP). A PEC 45/23 criminaliza posse e porte de qualquer quantidade de droga. O texto, já aprovado no Senado, está em análise na Câmara dos Deputados.