Deputada defende Damares, ataca Xuxa e relembra filme polêmico
Após oferecer aos seguidores versão completa de filme da década de 1980 gravado por Xuxa, deputada distrital Júlia Lucy apagou comentário
atualizado
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A deputada distrital Júlia Lucy (União Brasil) usou o perfil pessoal do Instagram, nessa quarta-feira (12/10), para criticar a apresentadora Xuxa Meneghel. Por meio de um abaixo-assinado, a apresentadora pede a cassação de Damares Alves (Republicanos), ex-ministra de Jair Bolsonaro (PL) e recém-eleita senadora pelo Distrito Federal.
Na publicação, a deputada recorda um filme gravado por Xuxa na década de 1980. No longa-metragem, em que interpreta uma prostituta de 16 anos, a apresentadora aparece em uma cena de nudez com um ator de 12 anos. À época, Xuxa tinha 18.
“Agora, a ‘rainha dos baixinhos’ tenta criar uma onda contra a nossa senadora Damares Alves porque se pronunciou quanto ao 4bus0 s3xu4l das crianças da Ilha de Marajó. Faz sentido pra vc?”, questiona a deputada distrital, que incluiu a hashtag “xuxahipocrita” no post.
Em seguida, Júlia Lucy escreveu que poderia compartilhar a íntegra do vídeo com quem enviasse mensagens a ela no privado. No entanto, usuários do Instagram criticaram a postura da deputada. “@julialucydf armazenar e compartilhar conteúdo pornográfico com crianças é crime”, escreveu uma seguidora. “Estou sem acreditar”, comentou outra pessoa.
Após a repercussão, a parlamentar excluiu o comentário da publicação. Questionada pelo Metrópoles sobre o caso, Júlia Lucy afirmou que “pensando em evitar a propagação desse tipo de conteúdo”, decidiu apagar a mensagem “para não incentivar essa prática nefasta”.
Veja a publicação:
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Entenda
O abaixo-assinado endossado pela Rainha dos Baixinhos reunia 13.910 assinaturas até a manhã desta quinta-feira (13/10), das 15 mil necessárias para a petição avançar.
Um link nos stories de Xuxa dá acesso ao documento, que explica o motivo do abaixo-assinado:
“Damares Alves disse, no dia 8/10, ao lado da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, na Assembleia de Deus Ministério Fama, em Goiânia, que Jair Bolsonaro ordenou ações de resgates de crianças que teriam sido traficadas com fins sexuais para outros países através da Ilha do Marajó, Pará”, diz o texto. “Portanto, ou ela prevaricou como ministra de Direitos Humanos ou está mentindo aos eleitores, ambos fatos gravíssimos que merecem cassação imediata”, conclui o pedido.
O Ministério Público Federal (MPF) deu três dias para Damares explicar a omissão diante dos supostos casos de exploração sexual na Ilha de Marajó (PA), como denunciado pela ex-ministra em um culto no último sábado (8/10).