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Depoimento de filho reforça que sequestro do Conic foi planejado

Filho de Cevilha contou que a mãe dizia fazer parte de projeto social voltado para crianças. Audiência nesta terça definirá futuro da mulher

atualizado

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1 de 1 WhatsApp Image 2017-06-29 at 21.56.17 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O delegado Cristiomário Medeiros, responsável pela investigação sobre o sequestro da pequena Valentina, ouviu nesta segunda-feira (3/7) um dos quatro filhos da acusada pelo crime. Em depoimento, o jovem de 21 anos contou que a mãe, Cevilha dos Santos, 44, dizia fazer parte de um projeto social que auxiliava crianças havia cerca de três meses.

O testemunho reforça a tese de que acusada planejou cada passo do crime. Segundo o delegado, ela fazia faxinas e tem direito ao auxílio-reclusão do ex-marido, que está preso no DF por tráfico de drogas e violência doméstica. “Além disso, utilizou umas reservas de dinheiro que tinha para financiar o crime”, afirma Medeiros.

Para a polícia, Cevilha pretendia criar Valentina, filha da faxineira desempregada Arlete Bastos, 29. A hipótese ganhou força após o depoimento do namorado da acusada, na sexta-feira (30). Aos investigadores, Neilson Souza Silva, 35, disse que a companheira fingiu uma gravidez e que o relacionamento não ia bem. Afirmou ainda só não ter se separado por conta da falsa gestação.

O depoimento do filho mais velho da mulher, nesta segunda (3), trouxe mais detalhes da relação de Cevilha com Neilson. De acordo com o delegado, o casamento era conturbado e o atual companheiro chegou a ser ameaçado de morte pelo ex-marido da suspeita. Também aos policiais, o rapaz teria dito que a mãe era agressiva com Neilson.

Cevilha está presa na Cadeia Pública de Planaltina de Goiás (GO), na mesma cidade onde foi localizada. A audiência de custódia da suspeita está marcada para esta terça-feira (4), às 9h30. A polícia já pediu a conversão da prisão temporária em preventiva. Os investigadores acreditam que, se liberada, a acusada pode fugir.

Também na terça (4), deve ser tomado o depoimento de um vendedor que levou Cevilha a um bairro de Planaltina de Goiás para oferecer enxovais a famílias carentes. O modus operandi foi o mesmo utilizado com a mãe da pequena Valentina. Outras duas mulheres que teriam sido aliciadas pela suspeita também já foram intimadas a depor.

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Arlete com Valentina
Valentina e a mãe
A sequestradora Cevilha, presa pela PM de Goiás
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Arlete com as filhas

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Arlete com Valentina

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Valentina e a mãe

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A sequestradora Cevilha, presa pela PM de Goiás

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Criminosa foi encontrada sete horas depois de levar Valentina

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Com a mulher, a polícia encontrou uma certidão de nascimento falsa

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Certidão verdadeira

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Policiais de Goiás encontraram Valentina

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Policiais de Goiás com Valentina e a mãe, Arlerte

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Policiais ao lado da menina

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Madalena dos Santos Silva, cunhada de Arlete

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Cevilha e Arlete, a mãe da bebê, chegam para fazer o exame admissional no Conic

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Imagens do sistema de segurança do prédio flagraram a sequestradora com a mãe da menina no Conic

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Cevilha foi flagrada pelas câmeras de segurança do Conic

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Cevilha sai com a criança

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Local onde a bebê foi sequestrada

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Local de onde a mulher fugiu com a criança, no Conic

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Delegacia de Repressão a Sequestro (DRS) também atuou na ocorrência

Michael Melo/Metrópoles

Crime
O sequestro ocorreu na manhã da última quinta-feira (29) em uma clínica do Conic, no Plano Piloto. Três dias antes do crime, a acusada abordou Arlete com uma oferta de emprego. As duas então seguiram ao centro da capital para fazer um exame admissional necessário para a suposta vaga. Enquanto Arlete fazia o teste, Cevilha dos Santos desapareceu com o bebê de apenas três meses.

A suspeita só foi encontrada cerca de sete horas depois, em Planaltina de Goiás, enquanto estava em um táxi com destino a Planaltina (DF). Ao ser abordada pelos policiais, a mulher chegou a tentar fugir e ameaçou matar a pequena Valentina. A criança, no entanto, foi devolvida aos pais sem ferimentos.

Família
Aliviados por ter a filha de volta, Arlete e o marido, Valdir Rodrigues dos Santos, 32, agora têm outra preocupação: o desemprego. O pai está sem trabalho fixo há cerca de três anos e a mãe parou de fazer faxina desde o nascimento de Valentina. Desde então, o casal tem dificuldades para sustentar os filhos e a casa humilde onde moram, na Vila Rabelo 2, em Sobradinho.

“Não está sendo fácil. Temos que alimentar quatro filhos e, neste momento, não temos renda nenhuma. Apesar de toda a dificuldade, o mais importante é nós termos amor e união”, afirmou a mulher ao Metrópoles.

Ajude
Quem quiser oferecer uma oportunidade de emprego e ajudar a família de Valentina com mantimentos, fraldas e roupinhas, pode entrar em contato com a mãe da criança, Arlete Bastos, pelo telefone (61) 98567-0120.

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