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“Denunciem”, pede delegado responsável por resgate de cão vítima de zoofilia no DF

Yorkshire era usado como objeto sexual por homens. A PCDF resgatou o cachorro a partir de investigação deflagrada por uma denúncia

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1 de 1 Cachorro - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

O resgate do cachorro vítima de zoofilia no Distrito Federal só foi possível porque a Polícia Civil (PCDF) recebeu uma denúncia. Segundo o delegado da 10ª Delegacia de Polícia (Lago Sul), Jonatas Silva, responsável pelo caso, a denúncia é fundamental para combate o crime e casos de maus-tratos contra animais.

“Denunciem mais. Usem os canais de denúncia da nossa Polícia Civil para passar todos os tipos de casos de violência contra animais no nosso DF”, afirmou o delegado. Denúncias podem ser feitas à PCDF pelo telefone 197, inclusive pelo Whatsapp (61 98626-1197). A população pode enviar as informações pelo link.

O delegado ressaltou que as denúncias podem ser anônimas, inclusive pelo WhatsApp. “Você pode mandar fotos, muita coisa. Tudo é sigiloso. Não adianta você tentar saber quem denunciou. Não vai conseguir. Pode ficar tranquilo, porque o canal é fechado mesmo”, assegurou.

O caso

Para satisfazer desejos criminosos, um cachorro foi usado como objeto sexual por um grupo de homens. Por mensagens, o dono do animal oferecia experiências com o pet a outros homens. Após negociação em uma plataforma de relacionamento, os encontros eram realizados e o cão era estimulado a penetrar pessoas.

Após denúncia, ocorrida no começo de 2023, a equipe da 10ª DP deflagrou uma minuciosa investigação para apurar o caso e salvar o animal da rotina de exploração sexual. A operação foi batizada de Dogsafe.

Yorkshire

O celular do tutor do pet foi apreendido. Nas mensagens, o dono do cachorrinho, um yorkshire adulto, falava da experiência de sexo com o animal para outros homens. Prometia, inclusive, “momentos marcantes de penetração” e exibia vídeos de relações que mantinha rotineiramente com cão. A PCDF teve acesso a um vídeo que comprova o ato criminoso.

O autor chegou a enviar um dos vídeos como forma de estimular um possível parceiro a aceitar o convite. “Eu tenho um vídeo meu dando para o dog”, escreveu. O interlocutor, então, sugere que a conversa seja concluída pelo WhatsApp, a fim de marcar um possível encontro.

Veja os prints:

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Nas redes, o tutor tentava marcar encontros onde o cachorro seria usado
Durante as conversas, o responsável pelo animal inclusive contou sobre vídeos de relações com o pet
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Por mensagens, tutor oferece cachorro como objeto sexual no DF

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Nas redes, o tutor tentava marcar encontros onde o cachorro seria usado

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Durante as conversas, o responsável pelo animal inclusive contou sobre vídeos de relações com o pet

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Após diligências foi possível chegar ao remetente das mensagens, que não teve o nome revelado. Os policiais conseguiram um mandado de busca e apreensão para resgatar o cão na segunda-feira (19/6).

Os investigadores apreenderam o pet, como forma de garantir a integridade física do animal. O cachorro foi conduzido aos cuidados de defensores do direito animal.

Maus-tratos e zoofilia

O tutor não está preso e, caso seja indiciado, denunciado e condenado pelos crimes de maus-tratos, abuso ou crueldade contra animais, poderá pegar pena de 2 a 5 anos de reclusão, além de pagar multa.

Veja o resgate:

Apesar da prática ser conhecida como zoofilia, não há tipificação para o caso com uma punição específica. Dessa forma, caso condenado, o autor responderá por maus-tratos.

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