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Dengue: em falta no SUS, vacinas estão há 7 meses em clínicas do DF

Distrito Federal conta com cerca de 10 mil doses do imunizante Qdenga, vacina contra dengue disponível para pessoas de 4 a 60 anos

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Mosquito Aedes aegypti
1 de 1 Mosquito Aedes aegypti - Foto: Divulgação/Agência Brasil

Enquanto a rede pública aguarda doses de vacina contra a dengue, a rede privada do Distrito Federal conta com cerca de 10 mil doses do imunizante Qdenga. As vacinas foram compradas por clínicas particulares desde julho do ano passado, disponíveis, portanto, há sete meses. Os dados são da Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC).

Apesar da oferta em clínicas, o Ministério da Saúde só abriu consulta pública a respeito da compra do imunizante em dezembro. Os imunizantes devem ser aplicados em duas doses. Desta forma, só estão disponíveis para 5 mil pessoas de 4 a 60 no Distrito Federal.

Qdenga: quem pode tomar a vacina contra a dengue?

De acordo com os dados da Secretaria de Saúde, o público-alvo para a imunização em 2024 é formado por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. No DF, esta população é estimada em 194 mil pessoas.

O Distrito Federal é a unidade da federação com maior incidência da doença no país. Pelo último boletim epidemiológico, já são quase 30 mil casos prováveis da doença no DF, sendo um dos locais de maior preocupação para o Ministério da Saúde.

O órgão federal anunciou que a campanha deve começar em fevereiro.

6 mil pacientes por dia

Em um dia, a rede pública de saúde do Distrito Federal atendeu mais de 6 mil pacientes com suspeita de dengue. De acordo com dados do Portal de Informação da Secretaria de Saúde (SES-DF), entre 28 e 29 de janeiro, foram realizados 6.976 atendimentos relacionados à doença.

Nesse período, a maioria das pessoas que buscaram assistência tinham de 20 a 24 anos. A faixa etária totalizou 657 atendimentos relacionados à dengue desde 28 de janeiro.

Já as crianças, de 0 a 14 anos, totalizam 721 consultas do tipo. Já os idosos com 60 anos ou mais, somam 1 mil atendimentos por sintomas de dengue.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias
A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images
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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images
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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

Guido Mieth/ Getty Images
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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Cenário da dengue no DF

Segundo as atualizações mais recentes, o Distrito Federal registrou quase 30 mil casos prováveis e seis mortes provocadas pela dengue, entre 1º de janeiro e o último fim de semana. São exatamente 29.492 casos prováveis da doença. A Secretaria da Saúde do DF investiga outras 24 mortes.

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