Demitidos com nova gestão do lixo vão à CLDF pedir recontratação
Terceirizados da limpeza, mandados embora depois da mudança, fizeram manifestação nesta quarta-feira
atualizado
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Os trabalhadores terceirizados do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) demitidos pelas empresas que assumiram a gestão do lixo do Distrito Federal tomaram a galeria da Câmara Legislativa (CLDF), nesta quarta-feira (23/10/2019). Eles fizeram uma manifestação o para pedir a readmissão.
Cerca de 1.500 funcionários foram mandados embora com o início da mecanização da coleta. Pelo menos 300 estiveram na Casa. Desde o início do mês de outubro, três empresas passaram a administrar a bilionária coleta do lixo no DF. Com isso, houve as demissões.
De acordo com o deputado Chico Vigilante (PT), ainda no ano passado, durante a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB), o Palácio do Buriti foi alertado de que o modelo europeu não seria viável no Distrito Federal.
“Nós avisamos que mecanizar causaria um grande número de desempregos. A mecanização na Alemanha funciona porque lá o desemprego é baixo e ninguém quer trabalhar com isso. Mas aqui, não”, discursou o parlamentar. “São mães e pais de família que, agora, não têm como pagar o aluguel e que precisam sustentar as famílias”.
Outros parlamentares, como Leandro Grass (Rede) e Arlete Sampaio (PT), também cobraram medidas do governador Ibaneis Rocha (MDB) para manter o emprego dos trabalhadores.
Governistas, Agaciel Maia (PL) e Iolando Almeida (PSC) se comprometeram a buscar diálogo com o Executivo local. “O que precisamos é garantir uma forma de devolver a essas pessoas seus empregos. Vamos tentar de todas as formas, junto ao governo, ajudar”, prometeu Maia.
A medida a ser tomada pelos deputados distritais ainda não foi definida. Reuniões com os trabalhadores deverão ocorrer nos próximos dias com intuito de negociar com o governo.