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Delegado sobre trio que esteve com mulher morta: “Escondem algo”

Polícia vai voltar a periciar apartamento onde Rubiana passou três dias antes de cair de prédio no Guará

atualizado

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A 4ª Delegacia de Polícia (Guará) dá continuidade às investigações que apuram a morte de Rubiana Rosa dos Santos (foto em destaque), 44 anos, encontrada morta caída em um tanque de oficina no Guará. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) praticamente descartou a hipótese de queda acidental e, por isso, irá realizar, nesta sexta-feira (25/10/2019), uma nova perícia no estabelecimento e no apartamento onde a vítima estava antes de morrer.

Nessa quinta (24/10/2019), investigadores ouviram as três pessoas que viram Rubiana com vida pela última vez. São elas: Uarlei Alves de Lima, Wilson Rodrigues Amodeo e Danúbia Mangueira de Santana. A narrativa dos envolvidos, no entanto, não convenceu as autoridades policiais. O trio é tratado como suspeito.

De acordo com o delegado-chefe da 4ª DP, João Maciel, Wilson e Danubia (fotos mais abaixo) são os proprietários do apartamento de onde Rubiana teria caído ou sido jogada. “Já sabemos o motivo, resta saber como se deu a dinâmica do crime. Sabemos que vítima e suspeitos passaram três dias bebendo antes de ela ser achada morta. Eles foram ouvidos, mas entraram em contradição. Estão ocultando algo da polícia”.

Segundo o delegado, os depoimentos prestados não batem com os horários dos vídeos de circuito interno obtidos pela PCDF. “Estamos analisando mais de 30 horas de imagens e o que dizem não está de acordo com elas. As gravações mostram eles juntos por pelo menos três dias. Temos uma testemunha que conta ter havido uma discussão antes da morte”, acrescenta.

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Danubia Mangueira de Santana
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Wilson Rodrigues Amodeo

PCDF/Divulgação
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Danubia Mangueira de Santana

PCDF/Divulgação

A Polícia Civil vai ouvir mais testemunhas do caso nos próximos dias. Os suspeitos também são esperados para prestar esclarecimentos. As linhas de investigação, até o momento, são: feminicídio, suicídio ou acidente.

“Ela caiu em pé e teve fratura exposta no tornozelo. Pode ter escorregado também, parece que se segurou nos grilhões e nas telhas na descida. A queda foi muito rente ao prédio. Seria difícil uma pessoa jogá-la de lá, a queda seria mais afastada”, finalizou o investigador.

O caso

O corpo de Rubiana foi localizado, na manhã de segunda-feira (21/10/2019), por funcionários de uma oficina na QE 40 do Guará. Edilson Gonçalves, 40, dono do estabelecimento, contou ao Metrópoles que chegou ao local por volta de 7h50 e se espantou quando viu o corpo em um tanque.

“Abrimos a porta para ligar o compressor, que fica na parte de peças, e me deparei com a telha quebrada. Achei que era uma pedra que poderia ter caído por causa da obra. Quando olhei para o chão, vi o corpo dentro do tanque de lavar peças. Na hora, acionei a polícia e os bombeiros. Estou chocado”, disse o proprietário.

Vizinhos relataram ter escutado um barulho muito alto no sábado (19/10/2019) à noite, por volta das 23h. Amigos que estiveram no local disseram à reportagem que Rubiana estava fazendo acompanhamento psicológico e tomava remédios contra depressão. Mãe de três filhas, estava separada havia dois anos e tinha um namorado.

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Investigadores no local onde a mulher foi encontrada morta, no Guará
Delegado-chefe da 4ª DP, João Maciel, prendeu dois suspeitos e procura uma mulher, considerada foragida
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Testemunhas foram ouvidas no dia em que Rubiana foi achada morta

Vinícius Santa Rosa/Metrópoles
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Investigadores no local onde a mulher foi encontrada morta, no Guará

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Delegado-chefe da 4ª DP, João Maciel, prendeu dois suspeitos e procura uma mulher, considerada foragida

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