Delegado que agrediu idoso se afasta da chefia de gabinete da Sejus
Em nota, Haendel da Silva Fonseca admite que errou. Sindicato dos Delegados da Polícia Civil sai em defesa do policial
atualizado
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O delegado da Polícia Civil Haendel da Silva Fonseca pediu afastamento do cargo de chefe de gabinete da Secretaria de Justiça e Cidadania para apuração do fato. A decisão vai ser publicada no Diário Oficial do DF desta sexta-feira (11/8).
Haendel protagoniza um vídeo em que agride um idoso. O episódio teria ocorrido no ano passado, mas as imagens circularam nesta quarta-feira (9/8), em grupos de WhatsApp. Em nota, o policial admitiu que “errou”.
No vídeo, fica claro que o policial perdeu a cabeça, após ser insultado. Ele derrubou o idoso no chão e gritou: “Você tá doido, rapá? Você tá falando com um polícia. Respeita, encosta ali” (sic). Na versão do delegado, o homem estaria usando spray para pichar um carro estacionado irregularmente em via pública, quando foi abordado por ele.
Aproveitou na nota para, quase um ano depois da agressão, pedir “perdão a Deus e à pessoa envolvida”. “É com grande humildade que reconheço que operacionalmente errei na avaliação dos riscos da abordagem realizada sem a presença de outro policial”, afirmou, lembrando que a agressão aconteceu depois que o homem não atendeu ao pedido dele para aguardar a chegada dos agentes do Detran.
Ainda de acordo com o delegado, o homem teria caído porque “havia ingerido bebida alcoólica”. Haendel foi cedido para o governo local em 2015. Ele começou a atuar no GDF quando Arthur Bernardes (PSD) ainda era o titular da pasta de Economia e Desenvolvimento Sustentável. Ao assumir o novo cargo, em março de 2017, Bernardes levou o chefe de gabinete com ele.
Nota do Sindepo
Também em nota, o Sindicato dos Delegados da Polícia Civil do DF (Sindepo) disse que o episódio ocorreu em junho do ano passado e que o policial “agiu em defesa do patrimônio de terceiro, após uma injusta agressão verbal”. “Como se vê no vídeo, após dominar a situação, o Dr. Haendel cessa a ação energética contra o defensor, diferentemente do que provavelmente aconteceria se fosse um cidadão comum.”