Delegado é condenado por sonegação de documentos e desobediência
Rodrigo Larizatti, acusado de suposta omissão em denúncia de estupro, foi condenado a 2 anos e 2 meses de detenção
atualizado
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O delegado da Polícia Civil do Distrito Federal Rodrigo Larizatti foi condenado a 2 anos e 2 meses de detenção pelos crimes de sonegação de documentos públicos e desobediência. No entanto, a pena será convertida em prestação de serviços comunitários.
Larizzatti, que era lotado na 33ª DP (Santa Maria), é acusado de não atender a uma requisição do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) para instaurar inquérito policial e apurar denúncia de estupro contra uma criança e uma adolescente, em contexto de violência doméstica. Além disso, segundo alega o MPDFT, o delegado não anexou documentos importantes em outro caso de violência sexual.Advogado de Larizatti e presidente da Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal (OAB/DF), Juliano Costa Couto disse ainda não ter tido acesso ao inteiro teor da sentença proferida pela Primeira Vara Criminal de Santa Maria nessa segunda-feira (14/5), mas adiantou que vai recorrer. “A condenação parece equivocada. Foi uma injustiça o que fizeram com ele”, ressaltou o defensor.
À época da apresentação da denúncia, o policial se defendeu das acusações. Conforme alegou, no caso da investigação de estupro, tomou as providências necessárias em 13 de outubro de 2016. Sobre a acusação de desobediência, explicou que a requisição do MP para instauração de inquérito policial foi feita com “base única e exclusivamente em denúncia anônima” e, portanto, retornou o documento solicitando ao promotor a indicação de quais diligências deveriam ser realizadas. Por fim, segundo afirmou, em momento algum negou o cumprimento do pedido.