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Delegado diz que jovem picado por Naja não será ouvido nesta terça (14/7)

Segundo o policial, será respeitada a recuperação do rapaz. Polícia Civil esteve no Zoológico de Brasília para analisar animais do estudante

atualizado

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Pedro estudante de veterinária
1 de 1 Pedro estudante de veterinária - Foto: Foto: Reprodução

O estudante de veterinária  Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, picado por uma cobra Naja kaouthia, não será ouvido nesta terça-feira (14/7) na 14ª Delegacia de Polícia (Gama). A informação foi passada pelo delegado responsável pela investigação, William Andrade Ricardo.

De acordo com o policial, o tempo de recuperação do rapaz será respeitado. Só depois, ele prestará depoimento. O delegado não quis falar de uma data específica para conversar com o jovem.

Na segunda-feira (13/7), peritos criminais da Seção de Engenharia Legal e Meio Ambiente da Polícia Civil do DF (PCDF) estiveram no Jardim Zoológico de Brasília para fazer uma análise nas cobras e serpentes que pertenciam a Pedro Henrique.

Ao todo, 16 cobras apreendidas passaram por perícia. Investigadores também foram ao condomínio do estudante, no Guará. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios acompanha o caso, que é investigado pela 14ª Delegacia de Polícia (Gama).

Segundo a corporação, a identificação das espécies é importante para determinar a origem e um eventual tráfico de animais. Nesse sentido, as condições de saúde dos animais podem ajudar na comprovação dos crimes.

Alta

Pedro Henrique recebeu alta do Hospital Maria Auxiliadora, no Gama, na manhã desta segunda (13/7) e voltou para casa. Foram seis dias de internação. Ele e a família saíram pela garagem da unidade de saúde. Ele mora na QE 40 do Guará 2 e criava a Naja como animal de estimação, apesar de a serpente não ser natural de nenhum habitat brasileiro e ser altamente venenosa. As circunstâncias do acidente ocorrido na última terça-feira (7/7) com a cobra ainda são desconhecidas.

A família de Pedro importou dos Estados Unidos doses de soro antiofídico. A busca pelo soro — tão raro no Brasil quanto a presença desse tipo de serpente — mobilizou especialistas. As únicas doses disponíveis no país estavam no Instituto Butantan, em São Paulo. Os médicos enviaram ao Distrito Federal todo o estoque disponível para que fosse usado no tratamento de Pedro.

Confira vídeo da saída do carro do hospital:

Veja vídeo da Naja:

O caso

Tão logo foi atacado pela Naja, na última terça-feira (7/7), Pedro foi levado ao hospital pelos pais. Ele apresentava palidez, tontura e dormência nos membros inferiores, sintoma que evoluiu e atingiu os membros superiores.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), não existe registro, nos últimos anos, de entrada legal de uma cobra dessa espécie no Distrito Federal.

O animal exótico foi encontrado no fim da tarde da quarta-feira (8/7), dentro de uma caixa de plástico, próximo a um barranco, nas redondezas do shopping Pier 21, no Setor de Clubes Sul.

Como Pedro não tem autorização para criar o animal, ele será multado em R$ 2 mil. A suspeita de investigadores da Delegacia de Combate à Ocupação Irregular do Solo e aos Crimes contra a Ordem Urbanística e o Meio Ambiente (Dema) é de que a serpente tenha sido alvo de tráfico internacional de animais exóticos. Ela agora está sob os cuidados do Zoológico de Brasília.

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Vistoria em cobras e serpentes
Todos os itens apreendidos foram entregues à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), no complexo da Polícia Civil do DF
Pedro é estudante de medicina veterinária
Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF
Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia
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Vistoria em cobras e serpentes

PCDF/Divulgação
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Vistoria em cobras e serpentes

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Todos os itens apreendidos foram entregues à Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri), no complexo da Polícia Civil do DF

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Pedro é estudante de medicina veterinária

Arquivo Pessoal
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Em 2020, o estudante de veterinária Pedro Henrique Lehmkul foi picado por uma naja criada por ele no DF

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Ela costuma viver em regiões da África e da Ásia

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No Brasil, não há Najas, logo, o soro que combate o veneno desse tipo de serpente é raro

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Após as primeiras buscas, a Naja não foi encontrada

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A Naja é uma das cobras mais venenosas do mundo

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Carro do Ibama em frente ao edifício: padrasto do estudante picado não teria colaborado com autoridades

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Movimentação em prédio no Guará: vizinhos temiam que a cobra invadisse outros apartamentos pela tubulação

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Policiais da 14ª DP e agentes do Ibama foram ao endereço ligado ao estudante picado por Naja para tentar capturar a serpente

Carlos Carone/Metrópoles

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