Delegacia do Riacho Fundo terá núcleo de atendimento à mulher
Com atendimento humanizado, iniciativa da Polícia Civil do DF será inaugurada nesta segunda-feira (09/12/2019)
atualizado
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Será inaugurado nesta segunda-feira o primeiro Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher (NUIAM) do Distrito Federal, na 29ª DP, no Riacho Fundo I. A iniciativa acolherá mulheres vítimas de violência de forma humanizada. A iniciativa é da Polícia Civil do DF, em parceria com outras instituições do governo e da iniciativa privada, além da sociedade civil.
O atendimento terá diversos pontos de atuação. Mais que fazer o registro de ocorrência, será possível contar com acolhimento psicológico e assistência jurídica.
Para isso, a PCDF terá ajuda dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (TJDFT), das Promotorias de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher (MPDFT), do Conselho Tutelar e da Universidade Católica de Brasília.
Em 2019, mais de 15.284 mulheres já sofreram algum tipo de violência no Distrito Federal. Leia mais no especial Elas por Elas.
Caminhada
Neste domingo (08/12/2019), o DF foi palco da 1ª Caminhada pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O evento chamou atenção para os feminicídios e a cultura de agressão à população feminina.
Pelo menos 200 integrantes participaram da caminhada. A iniciativa integra os “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, uma campanha internacional de combate à violência contra as mulheres e meninas, que consiste em uma mobilização global da sociedade civil em torno desse propósito.
No Brasil, a mobilização dura 21 dias. Teve início em 20 de novembro – no Dia Nacional da Consciência Negra e pelo fato de mulheres negras serem as maiores vítimas da violência –, e se encerra na terça-feira (10/12/2019), Dia Internacional dos Direitos Humanos.
O evento foi organizado pelo Grupo Mulheres do Brasil. Elizabete Scheybmayr, uma das líderes do Comitê de Combate à Violência contra a Mulher, diz que este é o momento de unir forças e avançar na questão.
“Já tivemos grandes avanços com a Lei Maria da Penha e as delegacias da mulher, mas ainda há muito a fazer para garantir uma assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis a elas, detectando os casos e recuperando os agressores, por exemplo. Essa campanha de conscientização é uma grande ação, pois chama a atenção de toda a sociedade para um problema que diz respeito a todos nós”, disse.