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Governo faz mapa do déficit habitacional no DF. Veja por região

IPE-DF fez raio-x mostrando déficit habitacional de domicílios em condições precárias, de coabitação e com gasto excessivo com aluguel

atualizado

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Governo mapeia Déficit Habitacional. Casas - Metrópoles
1 de 1 Governo mapeia Déficit Habitacional. Casas - Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O governo mapeou o déficit habitacional no Distrito Federal, para identificar quantas moradias não são adequada para as famílias terem qualidade de vida. Segundo o Instituto de Pesquisa e Estatística (IPE-DF), a partir da Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD 2021), 100.701 lares estão fora das condições ideais de habitação.

O número corresponde a pouco menos de 10% dos 963.812 domicílios registrados no DF, segundo a PDAD 2021. Entre os lares em condições inadequadas, 20.515 apresentam estão em situação precária, 15.163 são de coabitação e 66.917 apresentam ônus excessivo de aluguel.

As regiões administrativas de média e baixa renda têm os maiores percentuais em déficit, totalizando 48.977 domicílios. Ou seja, 48,64% do total.

Na análise por região administrativa, o problema é mais presente em Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Planaltina, Santa Maria, Recanto das Emas e São Sebastião.

Veja a tabela:

Tabela - Metrópoles
GDF traça mapa do Déficit Habitacional da capital e identificou mais de 100 mil lares nesta condição

 

A maior parte dos responsáveis por domicílios em déficit habitacional são mulheres. Elas somam 58,50% do total. A população negra representa mais de 70,04% dos casos.

Um terço dos lares nesta condição ficam frequentemente sem dinheiro para manter uma alimentação saudável e variada. Além disso, 11,33% das residências vivem em insegurança alimentar grave, 8,32% moderada e 21,27% leve.

Segundo o IPE-DF, 46% dos domicílios próprios em déficit habitacional ocupam imóveis não escriturados. Do total de lares, 81.000 são alugados.

Déficit habitacional

Habitação Precária: análise qualitativa da moradia, identificando os domicílios em espaços não destinados para essa finalidade (domicílios improvisados) ou aqueles em locais adequados, mas em condições físicas precárias (domicílios rústicos).

Coabitação: refere-se à convivência de mais de um núcleo de pessoas em um mesmo domicílio. Ela poderá ocorrer entre pessoas com ou sem grau de parentesco, que podem ou não contribuir na vida financeira deste domicílio (unidades conviventes). Também são computadas as moradias em cômodos ou cortiços, para mensurar questões de salubridade (cômodos).

Ônus excessivo com aluguel: representa o número de domicílios com renda total de até três salários mínimos que comprometem mais de 30% da renda domiciliar com aluguel e depende da dinâmica de renda das famílias e do valor do aluguel pago, não sendo um dado permanente.

Segundo Anamaria Aragão, coordenadora de Estudos Territoriais do IPE-DF, um dos caminhos para ajudar a reduzir o déficit habitacional é fomentar políticas de aluguel social.

“Uma das formas de garantir moradia digna à população é elaborar políticas baseadas em indicadores para apoiar as discussões das políticas habitacionais e orientar ações públicas”, afirmou.

Para a pesquisadora, também é necessário entender o local dos domicílios em déficit habitacional e onde moram potenciais demandantes de novas moradias. A manutenção de vínculos sociais e culturais é crucial.

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