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Defesa Civil: prédio que ameaça desabar no DF não tem Habite-se

O edifício de seis andares precisou ser interditado e os moradores estão impedidos de entrar no condomínio

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1 de 1 Prédio-em-Ceilândia - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O prédio residencial que precisou ser evacuado nesta segunda-feira (10/02/2020) após apresentar indícios de que poderia desabar na QNN 11, em Ceilândia, não estava regularizado. De acordo com a Defesa Civil, a construção não foi ao chão graças a um escoramento.

O edifício precisou ser interditado e os moradores estão proibidos de voltar aos apartamentos enquanto não forem feitos reforços na estrutura. Segundo o tenente-coronel Sinfrônio Lopes, da Defesa Civil, o órgão recebeu uma denúncia anônima apontando problemas no prédio há cerca de três meses.

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Escoras estão sendo feitas no prédio
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“Constatei problema de instalação elétrica, sistema de combate a incêndio, parte hidráulica. É um prédio que nunca sofreu manutenção séria. Há muita coisa que, na minha opinião, é erro construtivo”, destacou.

O residencial de seis andares tem 72 apartamentos, divididos em três blocos. Do total, 48 eram habitados. Construído há pelo menos 25 anos, abrigava cerca de 300 pessoas.

Após receber a denúncia e constatar os problemas estruturais, a Defesa Civil deu o prazo de 10 dias para que um engenheiro fizesse o escoramento mínimo necessário para manter a estrutura livre de riscos. Nesta segunda, porém, o profissional verificou que um dos pilares estava mais desgastado do que outros e, por isso, acionou o órgão novamente.

“Ele notou que o pilar estalou e nos chamou. Chegando aqui, vimos que já são mais de 30 pilares com problema de corrosão de armadura”, frisou Sinfrônio Lopes.

Habite-se

Além de não ter o Habite-se, autorização para utilização efetiva de edificações destinadas à habitação, o condomínio apresenta grande taxa de inadimplência, segundo o tenente-coronel Lopes. “Então, a síndica não tem como investir ou recuperar a estrutura do próprio prédio”, pontuou.

Síndica, Joselita Gomes da Silva, 65 anos, mora desde 2017 no prédio e é responsável por administrar o condomínio há 9 meses. Segundo afirma, desde que soube dos problemas na estrutura, ela já realizou uma assembleia para informar aos moradores.

“Avisei os condôminos e, no dia, um engenheiro civil fez a assembleia junto comigo e explicou”, salienta. Joselita garante que todos sabiam da obra. “Eu tenho como provar tudo que fiz. Só que eu já recebi um prédio que já vem sofrendo desde 2012. Com 27 anos nunca foi feita uma reforma.”

Sobre a interdição do local, a síndica lamentou a retirada dos moradores do edifício. “Não é fácil, porque eu tenho para onde ir e muitos aqui não têm”, salientou.

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