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De João de Deus ao Hospital de Base. Jovem russo luta pela vida no DF

Homem de 29 anos veio ao Brasil para fazer tratamento espiritual com o médium João de Deus, em Abadiânia (GO). Quando voltava para Moscou com a mãe, no aeroporto de Brasília, Eugenii Vasilyevich passou mal e foi levado ao Hospital de Base, onde está internado desde então

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Esta é uma história de tirar o fôlego. Prepare-se. Ela começa a 14.450Km de Brasília, na Rússia. O personagem principal é uma mãe em busca da cura do câncer para o filho. Iryna Romanova saiu de Moscou movida pela esperança de ver Eugenii Vasilyevich, 29 anos, curar um tumor cerebral. Ela passou por Israel, tentou outros países e viu como alternativa final o tratamento com o médium mais famoso do Brasil: João de Deus, conhecido por fazer cirurgias espirituais na cidade de Abadiânia (GO).

Segundo conhecidos da família da mulher, Iryna ficou três meses no município goiano, hospedada em uma pousada para que o filho pudesse se consultar com João de Deus. Na Casa Dom Inácio de Loyola, os atendimentos são realizados às quartas, quintas e sextas-feiras. Depois de 90 dias no Brasil, Iryna decidiu que era hora de voltar a Moscou e iniciar um novo tratamento.

Eles saíram de Abadiânia e chegaram a Brasília em 23 de maio para voltar à cidade natal, em um voo da Air France que sairia da cidade às 21h. No aeroporto, Eugenii passou mal e não pode embarcar. A empresa aérea exigiu um laudo médico para autorizar a viagem.

Ao chegar no posto médico do terminal, foi confirmado que o jovem não tinha condições de embarcar. A mãe relutou em ir a um hospital, mas, por volta de 1h de 24 de maio, ele acabou transferido para o Hospital de Base, onde os médicos confirmaram a gravidade da doença e a impossibilidade de viajar. Desde então, Eugenii recebe tratamento no maior hospital público da capital federal.

Ao chegar à unidade de saúde, o russo não conseguia se comunicar devido a falta de um tradutor. A Embaixada da Rússia disponibilizou um profissional para ajudá-lo e, a princípio, o rapaz negou sentir dor, náuseas ou falta de ar. As convulsões estavam controladas. A mãe relatou aos médicos metástase cerebral. Um dia depois, no entanto, ele piorou e o nível de consciência começou a diminuir.

Os médicos solicitaram exames e internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas a mãe não autorizou a transferência porque quer ficar ao lado do filho. Nesta segunda-feira (30), ele foi diagnosticado com múltiplas metástases cerebrais. Iryna dorme todos os dias na unidade de saúde para acompanhar o filho. Ela não fala português nem inglês e se alimenta no próprio hospital. O único alento é contar com o profissionalismo e a solidariedade dos funcionários.

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