Danos em pilares fazem moradores deixarem DF Plaza, em Águas Claras
Após vistoria do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil, ficou constatado que não há risco de desabamento no prédio localizado em Águas Claras
atualizado
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Moradores do DF Plaza, condomínio e shopping situado em Águas Claras, passaram por um susto na noite dessa quarta-feira (25/5). Eles tiveram de deixar o local após suspeita de risco de desabamento do prédio. De acordo com o Corpo de Bombeiros, depois de vistoria feita em conjunto com a Defesa Civil, foram verificados “pequenos danos” em dois pilares da garagem. O risco iminente de o edifício cair foi descartado a princípio. Porém, os condôminos terão de ficar fora do recinto por pelo menos cinco dias, por recomendação da Erbe Incorporadora, responsável pelo complexo.
O empreendimento foi construído pela Brookfield. O grupo incorporador é formado por Saga Malls, LH Investimentos e a Mirante Incorporações. O complexo foi inaugurado em 2017. Os moradores das 420 unidades da Torre D tiveram de deixar o local. Por enquanto, não haverá necessidade de evacuação dos demais blocos do condomínio e do shopping, que está funcionando normalmente.
O socorro foi acionado pela própria engenheira do prédio, na noite de quarta. De acordo com o Corpo de Bombeiros do DF, apesar de o laudo da Defesa Civil indicar que não havia necessidade de evacuação, a empresa responsável pelo shopping optou por se precaver e fazer a retirada dos moradores.
Já na madrugada desta quinta-feira (26/5), segundo moradores, todos foram acionados pelo interfone. Inicialmente, o chamado era para uma reunião no mezanino. Alguns questionaram a necessidade da movimentação na madrugada e foram informados de que o prédio deveria ser evacuado novamente.
Os moradores foram organizados em duas filas para receber documentos. Um deles trazia a declaração da fissura em um pilar do edifício, na Torre D do condomínio. Após análises preliminares, a evacuação do prédio foi recomendada como precaução, para evitar riscos.
Desocupação provisória
De acordo com os relatos, a Secretaria de Segurança também teria recomendado a desocupação provisória. Após um cadastro, os moradores foram informados pela administração do prédio — a Erbe Incorporadora — de que têm a opção de receber R$ 2,5 mil, como ajuda de custo, ou a estadia em um hotel durante o período em que a torre ficará desocupada.
Ao fim dos cinco dias, a Erbe Incorporadora terá informações para saber se poderá seguir com os reparos, mesmo com os moradores vivendo nos apartamentos, ou se será necessário prolongar o período de afastamento.
Chocante
O episódio chocou os moradores do condomínio. “Falaram que era mais seguro sair, e estou saindo. Foi chocante receber essa notícia, mas se for por segurança, melhor esperar em outro lugar até resolver a situação por aqui”, desabafou uma moradora de 24 anos, que pediu para ter o nome preservado. A jovem vive há três anos na torre.
A maior parte dos moradores não suspeitava do problema estrutural. “Eu descobri hoje (quinta) de manhã. Foi um susto, porque eu não dormi em casa ontem (quarta). Vim aqui só para pegar minhas coisas e realmente ver o que está acontecendo”, disse Marina Ribeiro, de 20 anos.
Escoramento
A Defesa Civil do DF enviou uma equipe para o local pela manhã. Segundo o órgão de fiscalização, o prédio vai precisar de escoramento e monitoramento. Em nota, também cobrou dos responsáveis o diagnóstico completo da situação e um cronograma de solução do problema. Por enquanto, técnicos da Defesa Civil avaliam que não há risco de desabamento.
O Corpo de Bombeiros informou que duas equipes estão mobilizadas no prédio monitorando o desenrolar da situação.
Administradora
A Erbe Incorporadora emitiu nota informando que foi identificada uma fissura em um pilar localizado especificamente na Torre D. “A companhia acionou engenheiros e comunicou a Defesa Civil para as medidas preventivas de segurança”, destacou.
Ainda de acordo com a administradora, a desocupação das unidades da Torre D foi recomendada, sem qualquer impacto nas demais áreas do complexo. “Até que seja finalizado o estudo e o reparo, que inicialmente está previsto para ocorrer ao longo dos próximos 30 dias, a empresa prestará todo o atendimento necessário aos condôminos, apoiando diretamente no processo de acomodação temporária durante o período”, assinalou.
A assessoria do shopping, por sua vez, garantiu que não há risco estrutural para o empreendimento.
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