metropoles.com

Da política à milícia: a história de 2 irmãos acusados de crimes no DF

Eliude Glendson e Elielson Alves já ocuparam cargos comissionados no GDF ao longo dos últimos anos, mas possuem uma extensa ficha criminal

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Reprodução/Facebook
irmãos (1)
1 de 1 irmãos (1) - Foto: Reprodução/Facebook

Os nomes dos irmãos Eliude Glendson da Silva e Elielson Alves da Silva vieram à tona em maio deste ano, quando mencionados em uma investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Na ocasião, eles não foram presos nem detidos, mas, segundo a corporação, são envolvidos em um caso de venda irregular de lotes, em um condomínio do DF. Porém, novos acontecimentos revelam outras informações sobre a dupla, que coleciona uma extensa ficha criminal. Os dois já tiveram vários cargos comissionados em órgãos ligados ao governo local.

Na última segunda-feira (8/8), a Polícia Militar do DF (PMDF) prendeu a dupla em flagrante por porte ilegal de arma. Antes, já tinham sido investigados por crimes como estelionato, furto e grilagem de terras.

5 imagens
Na última segunda-feira (8/8), eles foram presos por porte ilegal de arma
Eles têm passagens policiais por estelionato, grilagem de terras e furto
Eliude Glendson da Silva, 44 anos
Elielson Alves da Silva, 42 anos
1 de 5

Eliude Glendson da Silva e Elielson Alves da Silva são irmãos

Reprodução/Facebook
2 de 5

Na última segunda-feira (8/8), eles foram presos por porte ilegal de arma

Reprodução/Facebook
3 de 5

Eles têm passagens policiais por estelionato, grilagem de terras e furto

Reprodução/Facebook
4 de 5

Eliude Glendson da Silva, 44 anos

Reprodução/Instagram
5 de 5

Elielson Alves da Silva, 42 anos

Reprodução/Facebook

No meio político, os irmãos já ocuparam cargos importantes, em administrações regionais e subsecretarias. Em agosto de 2011, Elielson, 42 anos, foi nomeado para exercer o cargo de gerente de promoção e assistência social, da Diretoria de Serviços, da Administração Regional do Itapoã. Cerca de três meses depois, foi exonerado a pedido para ser nomeado à função de assessor da Subsecretaria de Integração e Gestão da Infraestrutura, onde ficou até fevereiro de 2014.

Na sequência, ele assumiu o cargo comissionado de coordenador de discursos da assessoria de conteúdos e informação do Governo do Distrito Federal. Nesta função, Elielson permaneceu até ser exonerado, em agosto, ainda de 2014.

Já o irmão, Eliude Glendson, 44, teve uma passagem mais recente pela administração pública do DF. Em 2019, ele foi nomeado para a Gerência de Manutenção e Conservação da Coordenação de Licenciamento, Obras e Manutenção da Administração Regional de Vicente Pires. Na época, o então administrador da região, Daniel de Castro Sousa, lhe concedeu o cargo comissionado.

Fontes ligadas ao ex-administrador garantiram que houve a quebra da relação, há pelo menos dois anos, entre os irmãos e o político, que tenta uma cadeira de titular na Câmara Legislativa nas eleições deste ano.

Contudo, registros oficiais indicam que Eliude deixou o cargo apenas em junho de 2021. Em setembro do mesmo ano, a PCDF começou a investigar uma denúncia de participação de policiais militares e agentes penitenciários em um grupo criminoso no Assentamento 26 de Setembro. Eles teriam atuação semelhante a uma milícia, na venda de lotes irregulares na área pública, além de realizarem a segurança privada dos terrenos.

Grilagem de terras e milícia

Segundo as denúncias, militares e agentes adquiriam lotes e pagavam por eles com serviços de segurança e em dinheiro. Em depoimento, um policial penitenciário envolvido no crime delatou que os irmãos Elielson e Eliude eram responsáveis pelas vendas de terrenos no Condomínio JK Ville.

Se fosse integrante da Segurança Pública do DF, o proprietário passava a ser responsável por observar a região, na intenção de repelir possíveis invasores. E, caso surgisse alguma tentativa, o morador acionava outros policiais que estavam em grupos de WhatsApp do condomínio, para que interviessem na ação.

As investigações apontaram, ainda, a existência de escalas de trabalho, meticulosamente organizadas por ocupantes das terras. Neste caso, os irmãos seriam os responsáveis por pagar os serviços de segurança, mas as escalas e os serviços a serem feitos eram organizados por policiais.

O inquérito está na Justiça e corre sob sigilo.

Porte ilegal de arma

Os irmãos foram presos em flagrante na última segunda-feira (8/8), por porte ilegal de arma. De acordo com a ocorrência, Elielson carregava duas pistolas Taurus, de calibre 45.

Para determinar o valor da fiança, a autoridade levou em consideração a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa dos acusados e as circunstâncias indicativas periculosidade. Cada um dos autores teve de desembolsar R$ 15 mil para responder ao processo em liberdade.

O que dizem os irmãos

O Metrópoles encontrou os perfis de Eliude e Elielson nas redes sociais e, por meio de mensagens privadas, tentou contato com eles. Após a investida da reportagem, Elielson deletou sua conta no Instagram. Eliude foi contatado, mas não havia respondido até a última atualização deste texto. O espaço segue aberto para possíveis manifestações.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?