Quer fazer cosplay? Saiba quanto custa e o retorno financeiro
Cosplayers de Brasília revelam como e quanto lucram com o hobby. Projeto da Central Cosplay oferece oportunidades de agenciamento
atualizado
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Apesar de não ser uma profissão formalizada, é possível acumular renda de diversas formas como cosplayer. Em um trabalho que vai desde a confecção ou compra de fantasias até a interação com fãs, a pessoa é responsável por dar vida a um personagem fictício, de algum jogo, anime, série ou filme.
Luiz Antônio, de 18 anos, faz cosplay desde 2014, mas só começou a lucrar com o trabalho em 2017, quando viralizou na internet após fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) com sua roupa de Homem-Aranha. Depois do episódio, ele foi convidado para animar festas infantis, participou de concursos e ainda fez parcerias com uma empresa responsável por realizar a maioria dos eventos geeks no DF.
“Geralmente, eu cobro R$ 100 por hora”, explicou Luiz quando questionado sobre a renda que obtém trabalhando em festas infantis. No entanto, quando o cliente exige um cosplay mais elaborado, ele recebe cerca de R$ 200 a mais. “Como fico entre duas e três horas nas festas, recebo uns R$ 300”, revelou. O estudante ainda ressaltou que é necessário investir bastante dinheiro na elaboração de um cosplay. “Se quiser fazer algo bom, é preciso gastar. A primeira roupa do Homem-Aranha que usei foi R$ 800. A segunda, US$ 400 (aproximadamente R$ 1.580)”, contou.
Maria Augusta Proença, que atende pelo apelido de Gutta, é outra que usa o cosplay como fonte de renda. Gutta já chegou a ganhar um prêmio de R$ 500 em um concurso de cosplay que venceu com sua fantasia de Mipha, personagem do jogo Zelda.
Gutta deu algumas dicas sobre como lucrar nesse meio. “Troque contatos e faça amizade com todo mundo que você conhece no meio. Se você sabe costurar bem, faça encomendas também”, aconselha a estudante. “Além disso, é importante participar de todos eventos e concursos. Você precisa ser visto. Se conquista o primeiro lugar em um concurso, ganha muita visibilidade”.
Agenciamento de cosplayers
A Central Cosplay, que funciona pela internet, iniciou um projeto de agenciamento de cosplayers, com o objetivo de profissionalizar a atividade. “Fazemos o intermédio entre o cosplayer e a empresa. Como muitas empresas nos procuram e temos uma rede de cosplayers muito próxima, pensamos em atuar de forma a intermediar esse contato”, explica Gustavo, coordenador-geral da Central Cosplay.
A Central ainda oferece ao cosplayer um serviço de orientação, no qual o instrui a desenvolver melhor o personagem, assim como tirar o melhor proveito dele para a empresa contratante. “Estamos buscando mais clientes, porque a procura pelos cosplayers começou a aumentar recentemente. Geralmente eles ganham entre R$ 150 e R$ 300”, disse.