Hernandes Tinanã, fundador do Telebar Forró, morre aos 49 anos
Nordestino, o proprietário do famoso recanto da música nordestina em Ceilândia foi vítima de um câncer no esôfago
atualizado
Compartilhar notícia
Ceilândia amanheceu mais triste nesta véspera de Natal. Hernandes Feitosa Tinanã, dono do Telebar Forró, famoso espaço de música nordestina em Brasília faleceu, aos 49 anos, por conta de um câncer no esôfago. O empreendimento fundado por ele alcançou tamanha relevância na cidade que apareceu até em música.
Nascido em Pau de Ferro, no Rio Grande do Norte, o primeiro da família a vir para Brasília foi o pai de Tinanã. Pouco tempo depois, já em meados dos anos 1970, após se estabilizar na capital federal, os demais integrantes também se alocaram por aqui. Foi lá que Hernandes fundou o bar que, anos mais tarde, virou um ponto de encontro na Região Administrativa.
Hernandes morou na cidade desde que veio para a capital e era casado com Angélica Abrantes desde maio deste ano. Ele deixa três filhos de seu primeiro casamento. O velório será realizado neste sábado (25/12), às 8h, no cemitério de Taguatinga.
O Telebar Forró
O bar de Tananã nasceu nos anos 1990 e, desde então, se consolidou como o local do forró em Brasília. Além de diversas bandas da capital, grupos do Nordeste também vinham ao Distrito Federal a fim de tocar no espaço. O bar, inclusive, ajudava a guinar a carreira desses músicos. Recentemente, Brisa Star, de 13 anos e fenômeno do piseiro, se apresentou no Telebar Forró.
Homenagem em música
Mas não foi só para o ritmo de sua região Natal que Tananã abriu as portas. No início dos anos 2000, ele também recebeu o hip hop. O sucesso era tanto que o local foi até citado em uma música do Tropa De Elite, Opala 71 Azul. Em um determinado momento da música, há uma conversa de telefone.
“Sexta-feira 9:30 tá meio quieto
Eu vou ligar pro Marquim, deve ter um bode certo
– Fala…
– E aí véi!
– E aí R.C., tá onde meu irmão?
– Eu tô aqui na qnq véi
– Só!
– E aí, vai vim pra cá?
– Não não, tô indo lá pro telebar
– Então falou, chego lá.
– Só, pode crer”Música Opala 71 Azul, da banda Tropa de Elite
Venceu preconceitos
Mas não foi só de sucesso que o local viveu. Durante um bom tempo, o empreendimento criado por Tananã teve que lidar com o preconceito. “Muitos locais colocavam o lugar como um ‘risca faca de nordestino’. Mas, com ele insistiu no projeto, fez muitas amizades e conquistou Brasília”, comentou DJ Ocimar, primo de Tananã.
Quer ficar por dentro do mundo dos famosos e receber as notícias direto no seu Telegram? Entre no canal do Metrópoles: https://t.me/metropolesfamosos