Brasília já está em clima de Carnaval. Programe-se para a folia com o guia feito pelo Metrópoles
Na tarde do sábado (16/1), a cidade ouviu os primeiros acordes do Carnaval com o Samba de Buteco, na 405 Norte. No domingo (17/1), as pedidas foram os blocos Abrindo a Roda e Virgens da Asa Norte
atualizado
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Quem passou pela 405 Norte na tarde deste sábado (16/1) notou que já é oficial: o Carnaval chegou e veio quente para Brasília em 2016. A prévia da folia encheu a quadra durante o Samba de Buteco, no bar Pardim. Além de uma seleção de sambas clássicos entoados pelos músicos sentados em uma animada roda, o evento contou ainda com a participação do Bloco do Calango Careta.
Não deu para quem quis. Após encerrar o som por volta de 20h30, a organização se despediu, mas os foliões permaneceram nos arredores em busca da próxima farra. Mais cedo, a 302 Norte recebeu o esquenta da Liga dos Blocos Tradicionais, formada pelos blocos Raparigueiros, Baratona, Asé Dudu, Mamãe Taguá, Menino de Ceilândia, Galinho de Brasilia, Pacotão e Baratinha.
Para o folião que não quer perder um minuto sequer do carnaval brasiliense, o Metrópoles preparou um guia com os blocos que vão animar a capital. Consulte o link durante toda a temporada de festas e divirta-se:
E, afinal, tem hora para acabar?
Na manhã da última quinta-feira (14/1), o secretário de cultura, Guilherme Reis, recebeu a imprensa durante uma coletiva da Ambev, marca de bebidas responsável pelo patrocínio de 47 blocos. Questionado sobre a possibilidade de a cidade ter uma folia com hora marcada para terminar, mais precisamente às 22h, como fora divulgado, o secretário afirmou que este horário só foi determinado para os blocos que vão sair em quadras residenciais e que fizeram esse tipo de solicitação no alvará entregue aos órgãos competentes.
Queremos um carnaval bonito, pacífico, rico e sem confusões. Estamos sim fazendo um alinhamento com todos os órgãos do governo, incluindo a Polícia Militar e os responsáveis pelos blocos, para garantir que teremos esse cenário
Guilherme Reis, secretário de cultura
Nos últimos anos, o Carnaval no DF registrou uma série de confusões envolvendo o público e a Polícia Militar. Em 2015, spray de pimenta foi arremessado em foliões para dispersar a turma que ainda ocupava as ruas da 201 Norte. O mesmo episódio já tinha aborrecido adultos e crianças que curtiam o Galinho de Brasília, em 2008, na 204 Sul.
O assunto tem rendido muita polêmica nas redes sociais. Após alguns moradores do Plano Piloto se mostrarem contra a folia nas quadras residenciais, os grupos em defesa da cultura e do Carnaval em Brasília se manifestaram no Facebook. Uma das artistas mais envolvidas com o tema, Gabriela Tunes fez uma nota contra a ideia de que a cidade tem um conselho comunitário que fale por todos os moradores do Plano Piloto.
“Os foliões não vieram de Marte vandalizar a superquadra. São moradores do DF e têm, sobre as áreas comuns, os mesmos direitos que qualquer outra pessoa. Acredito que, quando um conselho comunitário entra em um assunto polêmico (como a Lei do Silêncio ou o carnaval) e se coloca como “porta-voz” da comunidade, está cometendo uma falsidade ideológica, porque dizem ser o que não são, representantes de quem quer que seja”, escreveu Gabriela.