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Crise na UnB: PM usa bombas e cavalaria para dispersar estudantes

Os manifestantes tentaram chegar ao prédio do Ministério da Educação, mas foram impedidos por policiais

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UnB Esplanada
1 de 1 UnB Esplanada - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) fizeram nova manifestação na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (26/4). Com faixas e cartazes, eles fecharam a S1, sentido Congresso Nacional, mais cedo, depois a N1, e foram em direção ao prédio do Ministério da Educação (MEC). Logo em seguida, a PM usou bombas de efeito moral para dispersá-los.

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Clima ficou tenso na Esplanada
Estudantes protestam contra a crise na UnB
Com faixas e cartazes, os manifestantes marcharam na Esplanada
Muitos escondiam o rosto com máscaras e camisetas
Marchando em direção ao MEC, os acadêmicos reivindicaram socorro do governo federal para a universidade
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Um homem foi detido durante manifestação na Esplanada

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Clima ficou tenso na Esplanada

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Estudantes protestam contra a crise na UnB

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Com faixas e cartazes, os manifestantes marcharam na Esplanada

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Muitos escondiam o rosto com máscaras e camisetas

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Marchando em direção ao MEC, os acadêmicos reivindicaram socorro do governo federal para a universidade

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Num dos momentos mais tensos, mascarados lançaram pedras em direção aos policiais...

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... que, por sua vez, responderam com bombas de gás lacrimogênio

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Clima ficou tenso durante o embate entre tropa de choque e estudantes

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Para evitar novo quebra-quebra no prédio do MEC, como o ocorrido no dia 12 de abril, a PM levou a cavalaria e o choque para a Esplanada e cercou o edifício. Quando os estudantes se aproximaram, foram impedidos pelos policiais. Segundo a corporação, quatro pessoas foram detidas por desacato, incitação à violência e desobediência. Elas foram encaminhadas à 5ª Delegacia de Polícia (área central), assim como uma testemunha.

Alguns manifestantes – eram cerca de 40 no total, segundo a PM – usavam máscaras e escudos de madeira. De acordo com a corporação, os manifestantes fizeram uma barreira e teriam partido para o confronto dom os militares.

Depois da ação da Polícia Militar, eles correram em direção ao Teatro Nacional e à L2 Norte, na pista que sobe sentido Esplanada. A via também foi obstruída, mas os militares continuam no local, tentando liberar o trânsito. Por volta das 13h, a pista foi liberada.

Em seguida, alguns manifestantes que participaram do ato retornaram para a UnB. Em entrevista ao Metrópoles, alunos que estão na ocupação da reitoria repudiaram a violência com a qual, segundo eles, a Polícia Militar agiu para reprimir o protesto realizado nesta quinta-feira (26), em frente ao Ministério da Educação.

A ocupação, que teve início em 12 de abril, segue por tempo indeterminado. De acordo com a administração da instituição, a atitude vem gerando transtorno e atrapalhando as rotinas da universidade, caso por exemplo do fechamento da folha de pagamento de funcionários.

Pelo menos por enquanto, a direção diz adotar o caminho do diálogo, para tentar convencer os estudantes a deixarem o local.

 

 

Os estudantes protestam contra a pior crise da história da UnB. Mais cedo, em assembleia, servidores e funcionários terceirizados da Universidade de Brasília (UnB) decidiram manter a greve iniciada na terça-feira (24). O encontro dos trabalhadores ocorreu pouco antes da manifestação prevista dos estudantes na Esplanada dos Ministérios.

Indígenas
Também nesta quinta, cerca de 1,5 mil representantes de povos indígenas pararam o trânsito no Eixo Monumental, na altura da Catedral, sentido Palácio do Buriti. O grupo defende a revogação do Parecer nº 1/2017 da Advocacia-Geral da União (AGU), que estipula um “marco temporal” para a demarcação de terras indígenas.

De acordo com o texto, assinado pelo presidente Michel Temer (MDB) no ano passado, os índios só teriam direito a terras se estivessem nelas antes da promulgação da Constituição de 1988. A chamada “tese do marco temporal”, que ainda deve ser objeto de análise no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), desagrada tanto indígenas quanto entidades ligadas aos direitos desses povos.

Conforme mostrou o Metrópoles, diversas terras indígenas do país estão em compasso de espera pelo início do processo de demarcação por parte do governo federal. Segundo o último relatório divulgado em 2017 pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ONG ligada à Igreja Católica e atuante no setor, 530 territórios indígenas não tiveram quaisquer providências administrativas adotadas pelo Executivo Nacional no sentido da regularização.

 

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