Crise hídrica: Novacap lava passagens subterrâneas com água quente
O presidente da Novacap justificou dizendo que a água utilizada na limpeza não é potável, ou seja, é imprópria pra uso
atualizado
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Uma cena chamou a atenção dos pedestres que caminhavam pelas passagens subterrâneas do Eixão Sul, nesta terça-feira (21/2). Funcionários da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap) lavavam as paredes e os pisos dos corredores, alternando o uso de água quente e fria, em plena situação de racionamento no Distrito Federal.
As reclamações sobre o mau-cheiro e a sujeira são comuns sobre a região, no entanto, a população passa por intenso revezamento no fornecimento de água, chegando a ficar mais de um dia sem água nas torneiras de alguns bairros. O problema com a escassez da água tem se agravado e a região central de Brasília também participará do racionamento a partir de segunda-feira (27).
O presidente da Novacap, Júlio Menegotto, saiu em defesa da ação de limpeza das ruas e disse que todo o serviço ocorre com a utilização de água não potável (imprópria para consumo), que vem da represa Viveiro II. “Nossa equipe usa o recurso de forma racional para não haver desperdício, considerando o momento de escassez hídrica que enfrentamos no Distrito Federal.”
A ideia é deixar as áreas mais limpas e livres de pichações e de lixo e, assim, aumentar a sensação de segurança e de conforto para os pedestres. De acordo com servidor, não vale somente o esforço do governo de Brasília. “Quando estiver limpa, é um dever de todos zelar pela manutenção e conservação”, completa.Funcionários da Novacap que participam da limpeza lançam um forte jato de água fria para retirar a sujeira e aplicam uma solução para limpeza pesada à base de ácido nas pichações. Por fim, mais um forte jato de água quente retira o que ficou da tinta. Os grafites em bom estado de conservação serão preservados.
A força-tarefa começou no início do Eixo W, próximo ao Hospital de Base, no sentido norte-sul. Para a limpeza do local, foram mobilizados uma equipe de seis pessoas, um caminhão-pipa, um caminhão desobstruidor e duas máquinas de pressão para remover pichações. (Com informações da Agência Brasília)