metropoles.com

Crise do desabastecimento de gás de cozinha não tem data para acabar

Segundo sindicato das revendedoras, se o governo não tomar providência junto à Petrobras, produto não chegará em quantidade suficiente no DF

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Pedro Ventura/Agência Brasilia
Gás-de-cozinha-840×559
1 de 1 Gás-de-cozinha-840×559 - Foto: Pedro Ventura/Agência Brasilia

Ao contrário do anúncio do GDF de que o abastecimento de gás de cozinha estaria normalizado, a situação ainda é crítica nas revendedoras. Segundo o sindicato da categoria (Sindvargas-DF), a Petrobras está limitando a oferta do produto desde segunda-feira (4/6).

Com isso, os principais fornecedores, como os estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, não estão suprindo a demanda do Centro-Oeste. “A situação não tende a normalizar, a não ser que o governo intervenha e a Petrobras mude a postura fornecendo o produto que a população tanto necessita nesse momento”, destacou o Sindvargas, em nota divulgada nesta quarta (6).

Como se não bastasse, a entidade destacou que a refinaria de Paulínia, em São Paulo, entrou em manutenção, o que reduz ainda mais a oferta. “A população vai continuar sofrendo”, alertou o sindicato.

Na segunda (4), o GDF disse que a crise provocada pela greve dos caminhoneiros estava superada no Distrito Federal. Tanto é que desmobilizou o grupo montado para acompanhar os desdobramentos da paralisação dos motoristas nas estradas.

O governador Rodrigo Rollemberg (PSB) também informou na ocasião que estavam sendo distribuídos 30 mil botijões de gás de cozinha no DF diariamente, 10 mil a mais que o consumo médio dos brasilienses. No entanto, há três semanas, a população não encontra o produto nas revendedoras. Enquanto isso, os atravessadores tentam faturar vendendo o botijão por até três vezes o valor normal oferecido nas revendedoras.

Em meio à crise, o corretor de imóveis José Carlos Pussa, 68 anos, reclama que não está conseguindo acionar o Procon nesta quarta para denunciar suposta propaganda enganosa. Nesta manhã, ele recebeu ímã de uma revendedora de gás, no qual a empresa anuncia o produto a R$ 63 no Guará. O valor é bem abaixo da média de preço praticada nas últimas semanas, de R$ 75.

“Liguei na empresa para comprar o botijão, mas me disseram que o estoque acabou há quatro dias”, contou. José Carlos se sentiu enganado. Por isso, ligou para o Procon, mas não conseguiu denunciar o episódio. “Tentei mais de 10 vezes. Ninguém me atendeu”, lamentou.

O outro lado
Em nota, o Instituto de Defesa do Consumidor diz ter recebido a nova infraestrutura de atendimento telefônico pelo 151 nessa terça (5). “Os funcionários estão passando por treinamento para operar a nova central. O atendimento estará normalizado a partir de sexta (8)”, acrescentou o órgão.

Com a instabilidade, o Procon disponibilizou o seguinte email: 151@procon.df.gov.br. Reclamações, porém, devem ser feitas presencialmente ou pelo site consumidor.gov.br. A reportagem não conseguiu contato com a empresa que anunciou o gás sem ter estoque disponível.

Colaborou Douglas Carvalho

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?