Criminosos vendiam passagens clandestinas do BRT em terminal do DF
Suspeitos ofereciam passagens a valores reduzidos, e utilizavam um único cartão repetidamente para validar entradas de múltiplos passageiros
atualizado
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou a Operação Cartão Vermelho, nesta terça-feira (19/11), para combater um esquema de venda clandestina de passagens do sistema de transporte público BRT. O crime era praticado no Terminal de Santa Maria.
A operação, realizada em parceria com a Secretaria de Mobilidade (Semob) e a Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), resultou na prisão em flagrante de quatro envolvidos na comercialização ilegal de passagens.
A ação teve como alvo os chamados “valeiros”, indivíduos que se especializaram em vender, de forma fraudulenta, passagens de transporte utilizando cartões pertencentes a terceiros, inclusive cartões de integração tarifária e passes subsidiados pelo governo, como o Passe Livre Estudantil (PLE) e o cartão para Pessoas com Deficiência (PCD).
Aproveitando-se das regras de integração do sistema, os suspeitos ofereciam passagens a valores reduzidos, e utilizavam um único cartão repetidamente para validar as entradas de múltiplos passageiros.
Durante a operação, equipes da PCDF monitoraram o Terminal do BRT em Santa Maria, com o suporte de câmeras de segurança do local.
O acompanhamento remoto e diligências de campo possibilitaram identificar os suspeitos em plena atividade criminosa, abordando passageiros próximos às catracas e realizando a venda de passagens fraudulentas.
Veja ação dos criminosos em terminal:
Na abordagem, foram apreendidos cartões eletrônicos, pertencentes tanto aos próprios envolvidos quanto a terceiros, além de quantias em dinheiro obtidas com as vendas ilegais de passagens.
Os autores foram detidos e conduzidos à Divisão de Falsificações e Defraudações (Difraudes/Corf) da PCDF, onde a autoridade policial ratificou a voz de prisão e lavrou o auto de prisão em flagrante dos autores pela prática dos crimes de estelionato contra entidade de direito público.
Segundo estimativas da Sufisa, o esquema causa um prejuízo anual de aproximadamente R$ 600 mil aos cofres públicos, uma vez que o Governo do Distrito Federal subsidia as tarifas das segundas e terceiras viagens dos usuários que utilizam a integração tarifária.