Criminoso a menino estuprado em banheiro químico: “Se gritar, eu mato”
Em depoimento à Polícia Civil, menino de 10 anos relatou que recebeu ameaça de morte para entrar no banheiro químico onde foi estuprado
atualizado
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Em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o menino de 10 anos violentado sexualmente por um criminoso ainda não identificado, na QR 110 do Recanto Emas, relatou que teria sido ameaçado de morte pelo abusador antes de entrar no banheiro químico onde ocorreu a violência.
Delegado-chefe da 27ª Delegacia de Polícia, Fernando Fernandes detalhou que o criminoso agiu com frieza ao abordar a vítima, na manhã dessa terça-feira (19/3).
“A criança narrou que, enquanto aguardava a van da escola, teria sido abordada pelo suspeito, que se aproximou, fez amizade, ofereceu-lhe uma caixa de bombons e convenceu a criança a acompanhá-lo até a QR 110 [onde o abusador cometeu o crime]”, detalhou o delegado.
No local, havia dois banheiros químicos ao lado de uma quadra de esportes. Nesse momento, o criminoso obrigou a criança a entrar em um dos equipamentos sanitários e abusou sexualmente dela.
“O menino disse que só desconfiou que havia algo errado quando foi obrigado a entrar no banheiro. O autor o teria ameaçado, dizendo: ‘Se gritar, eu te mato. Entra’. Então, ele entrou. Algum tempo depois, a criança foi liberada. Testemunhas acionaram a polícia após a verem andar desorientada pela rua”, acrescentou Fernando.
Banheiro apreendido
O banheiro químico no qual ocorreu o crime foi apreendido e passará por perícia. O investigador afirmou que uma perícia minuciosa poderá apontar vestígios da autoria da violência sexual.
“Ontem [terça-feira] foi feita perícia preliminar; hoje, uma complementar, a fim de vasculhar qualquer detalhe, seja um fio de cabelo, uma gota de esperma ou, até mesmo, uma impressão digital que possa nos ajudar a identificar o autor desse crime bárbaro e hediondo”, comentou Fernando Fernandes.
Ainda no dia do crime, policiais chegaram a levar para a delegacia um possível suspeito de ter abusado da criança, após receberem uma denúncia anônima. No entanto, a própria vítima negou que aquele fosse o autor do crime, devido a características físicas.
“Já temos alguns outros suspeitos, inclusive por denúncias anônimas que chegaram à nossa delegacia. As nossas equipes vão trabalhar hoje com calma e com tranquilidade, a fim de não cometermos qualquer erro com relação à autoria desse caso”, destacou Fernandes.
Na avaliação do delegado, o depoimento e a descrição da criança sobre o criminoso foram fundamentais para rastrear possíveis envolvidos. “Isso nos ajudou bastante, porque deu detalhes, características do suspeito. Modo de falar, voz, até o cheiro a vítima disse que reconheceria”, ressaltou o delegado.
Buscas pelo abusador
A criança esperava a van escolar para o colégio, quando foi abordada pelo criminoso, que atraiu a vítima sob promessa de entregar uma caixa de chocolates, segundo as investigações. Na sequência, o abusador levou o menino para um banheiro químico abandonado e cometeu a violência sexual.
Os policiais foram ao local do crime e tentaram recuperar imagens de câmeras de segurança de casas da região antes de recolher o banheiro químico, que ficava ao lado de uma quadra de esportes, e uma caixa de chocolates que teria sido oferecida à criança.
“Infelizmente, não conseguimos qualquer imagem de qualidade. Há muitas câmeras na rua, mas a maioria estava desligada. Foi um crime que chamou muito a atenção pelo horário, pela calma e pela frieza do abusador”, completou o investigador.
