“Essa morte não pode passar impune”, diz professora de menino degolado
Samuel Soares Marques, 14 anos, era querido por alunos e professores da escola onde estudava. Comunidade está desolada com a morte do rapaz
atualizado
Compartilhar notícia
Samuel Soares Marques, 14 anos, era alegre, brincalhão e querido pelos alunos e professores do Centro de Ensino Fundamental II 206 do Recanto das Emas, onde estudou em 2023. A comunidade escolar ficou desolada com a notícia de que o corpo do adolescente foi encontrado degolado e sem uma das mãos em um matagal na Quadra 623 de Samambaia Norte, nessa terça-feira (7/1).
“É inadmissível pensar que isso ocorra com um ser humano. Não tem explicação em como alguém faria algo tão bárbaro assim”, disse ao Metrópoles a professora Claudia Fontenele (na foto em destaque, ao lado de Samuel).
O que sabemos até agora:
- O corpo de Samuel Soares Marques, 14 anos, foi encontrado em uma área de mata em Samambaia Norte;
- O cadáver estava degolado e sem uma das mãos;
- O corpo não tinha sinais de decomposição, o que indica que a execução fora cometida pouco tempo antes;
- Uma testemunha viu um carro com quatro pessoas no local onde o corpo foi abandonado;
- Essa testemunha localizou o corpo e acionou as autoridades;
- O caso é investigado pela 26ª Delegacia de Polícia (Samambaia Norte);
- As circunstâncias da bárbara execução ainda são desconhecidas.
Segundo a professora, apesar de passar por dificuldades, Samuel sempre mantinha a atitude brincalhona tão querida pelos colegas de classe e docentes. “Nós observamos de perto o progresso dele. O jeito que ele mudou, como ele falava com os alunos. Guardo dele as melhoras lembranças”, contou.
Uma série de boatos cerca a morte do estudante. A professora, porém, diz esperar que tais rumores não manchem a memória do menino.
“Eu não entendo como ele foi encontrado em Samambaia Norte, sendo que ele era morador do Recanto [das Emas]. Mas ele era uma pessoa boa, ele vinha de um lar carente e passava por dificuldade, mas eu não acredito que ele tenha se envolvido com coisas erradas”, declarou.
“A gente espera que [as autoridades policiais] façam alguma coisa. Só porque ele era uma criança preta, uma criança pobre, ele não merecia isso. Uma morte dessas não pode passar impune”, completou.
Nas redes sociais, Cláudia lamentou a morte do jovem em um vídeo com imagens do estudante. Veja:
Execução
Pouco antes de o corpo de Samuel ser encontrado, uma testemunha relatou à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que viu um carro chegar ao local com quatro homens dentro.
A testemunha teria visto o cadáver e, então, acionado as autoridades. O corpo não estava em estado avançado de decomposição, sinalizando que o crime teria ocorrido havia pouco tempo.
O Metrópoles apurou que a família do rapaz está desolada e não tem nenhuma suspeita de quem pode ter cometido a barbárie. A mãe teria descoberto detalhes do crime por meio de notícias veiculadas na mídia sobre o caso.
Nas redes sociais, amigos compartilharam espanto pela morte do estudante e comentaram como o garoto era querido pelos seus conhecidos.
“Eu te amo tanto. Não estou acreditando nisso. Por que, meu Deus?”, escreveu uma amiga de Samuel nos Stories do Instagram, com uma foto junto ao adolescente. Em outra postagem, o rapaz aparece dançando: “Você era meu dançarino”.
Outra amiga, na mesma rede social, postou uma imagem de luto com a foto do rapaz: “Pow, maninho. Vai deixar saudades. Estou sem acreditar”. “Você foi um grande irmão que me deixou hoje aqui na terra, mas mora no meu coração. Te amo, Samuca”, escreveu um amigo, também nas redes.