Criação do Centro de Operações do coronavírus é publicada no DODF
Medida foi anunciada pela Secretaria de Saúde e servirá como ponte entre as informações de pacientes locais e o Ministério da Saúde
atualizado
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Anunciada na manhã dessa quinta-feira (27/02/2020), a criação do Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública (COE) foi publicada em edição do Diário Oficial (DODF) desta sexta-feira (28/02/2020). O grupo intersetorial da Secretaria de Saúde passa a reunir integrantes de várias regionais da pasta, a fim de centralizar informações sobre casos suspeitos e confirmados do coronavírus no Distrito Federal.
E o novo comitê que também será responsável por repassar informações certeiras sobre os pacientes ao Ministério da Saúde. Pela publicação assinada pelo secretário Osnei Okumoto, pelo menos 19 servidores passam a dedicar-se exclusivamente à possível chegada da epidemia mundial no DF.
“O referido centro atuará de forma conjunta e em parceria com outros órgãos e setores internos e externos à secretaria (Corpo de Bombeiros, Secretaria de Educação, Anvisa, Defesa Civil, rede hospitalar privada, entre outros), incluindo as próprias áreas técnicas da pasta, bem com o Ministério da Saúde, o Conselho de Saúde do Distrito Federal, sociedades de especialistas do Distrito Federal, sem prejuízo da participação de outras entidades representativas da sociedade, e atuará por um período de seis meses, podendo haver a prorrogação por períodos consecutivos, após análise da situação epidemiológica da ocorrência do coronavírus”, documenta a portaria.
Plano de contingência
Nessa quinta-feira, o Metrópoles antecipou o Plano de Contingência para a Epidemia da Doença e definiu novos papéis para as unidades públicas da rede hospitalar distrital. Além do Hran, considerado referência para atendimentos à população local, o Hospital de Base (HBDF) e o Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib) têm protocolo específico para o tratamento de casos notificados pela Secretaria de Saúde, a depender da vulnerabilidade do paciente.
De acordo com o Plano de Contingência para a Epidemia da Doença, criado pela pasta em fevereiro e obtido pelo Metrópoles em primeira mão, as unidades receberão pacientes a partir do quadro clínico. No caso de crianças ou adolescentes até 14 anos e grávidas, por exemplo, o Hmib será o hospital de referência para o diagnóstico e o tratamento do novo vírus.
O Hospital de Base ficará responsável pelo acolhimento de pessoas com sintomas mais graves e das chamadas imunossuprimidas – em tratamento de HIV/Aids, de câncer do sangue, gânglios ou ínguas e ainda daqueles que fazem uso de corticoesteróides em doses que possam reduzir reações imunológicas.
“A gente não tem razão nenhuma para ter pânico. Temos hospitais de referência. O plano de contingência é público. Até o momento não temos nenhum caso confirmado. Tivemos alguns casos suspeitos do coronavírus, mas que já foram excluídos do quadro”, disse Ricardo Tavares Mendes, secretário adjunto de Assistência à Saúde.
De acordo com o governo, todos os hospitais da rede têm leito de isolamento.