metropoles.com

CPI: relatório final descarta terrorismo como crime praticado no 8/1

Relatório final da CPI ressalta que terrorismo não é crime motivado por questões políticas: “Falta um elemento essencial ao tipo penal”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Metrópoles
Golpistas - Metrópoles
1 de 1 Golpistas - Metrópoles - Foto: Metrópoles

O Relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos descartou terrorismo como um crime cometido nos ataques contra a democracia de 8 de Janeiro.

O texto do deputado Hermeto (MDB) ressalta que a prática do crime de terrorismo exige motivações “de xenofobia, discriminação ou preconceito relacionados à raça, cor, etnia e religião. “Não se verifica, como parte essencial do tipo penal, condutas motivadas por razões políticas”, conforme consta no documento.

8/1: veja os nomes que têm pedido de indiciamento no relatório da CPI

Segundo o relatório, não há possibilidade jurídica de imputar o crime de terrorismo por razões políticas e, como não pode haver crime sem lei anterior, o texto destaca que “falta um elemento essencial ao tipo penal”. De acordo com o documento, no entanto, “essa consideração não diminuiu a seriedade dos eventos ocorridos em 8 de janeiro de 2023”.

Acompanhe a leitura do relatório final

Do texto legal, observa-se que a prática do crime de terrorismo exige motivações de xenofobia, discriminação ou preconceito relacionados a raça, cor, etnia e religião. Não se verifica, como parte essencial do tipo penal, condutas motivadas por razões políticas.

A CPI apresenta nesta quarta-feira (29/11) o relatório final, com 444 páginas e 130 pedidos de indiciamento. Em andamento na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), a Comissão apura os ataques contra a democracia de 8 de Janeiro.

Além dos nomes dos indiciados, também constam no texto o crime pelo qual cada um deve responder, no entendimento da CPI, e a prova da ação criminosa.

Os indiciados compõem quatro grupos principais. Aqueles que instigaram as pessoas a participar dos atos, aqueles que financiaram golpistas, os que foram omissos e os que efetivamente estiveram na Praça dos Três Poderes na data praticando ações violentas para anular o resultado das eleições.

A CPI dos Atos Antidemocráticos se tornou histórica na Casa e no DF. Em andamento há nove meses, a Comissão ouviu 31 pessoas entre fevereiro e novembro. Foram colhidos depoimentos de autoridades, como ex-ministros, generais, membros da alta cúpula da Polícia Militar do DF (PMDF) e da Secretaria de Segurança Pública (SSP), e de figuras-chave da tentativa de golpe, como lideranças e financiadores.

Os outros membros da Comissão também podem apresentar emendas aditivas ou supressivas, que, respectivamente, têm o poder de adicionar ou retirar nomes de indiciados, caso sejam aprovadas pela maioria. Após a votação do relatório e a conclusão total dos trabalhos, a CPI enviará o documento para os órgãos competentes, como o Ministério Público e a Advocacia-Geral da União (AGU), que podem abrir novas investigações, anexar mais elementos às apurações em andamento ou oferecer novas denúncias, por exemplo.

14 imagens
General Gonçalves Dias depõe à CPI dos Atos Antidemocráticos, da CLDF
Deputado distrital Fábio Felix (PSol)
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) ouviu o depoimento de Ana Priscila, na manhã de quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro
Deputados distritais na oitiva de Walter Delgatti
1 de 14

Deputado distrital Hermeto (MDB)

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 14

General Gonçalves Dias depõe à CPI dos Atos Antidemocráticos, da CLDF

Breno Esaki/Metrópoles
3 de 14

Deputado distrital Fábio Felix (PSol)

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 14

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 14

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa (CLDF) ouviu o depoimento de Ana Priscila, na manhã de quinta-feira (28/9). Ela é apontada como uma das lideranças do movimento bolsonarista que invadiu os prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro

Hugo Barreto/Metrópoles
6 de 14

Deputados distritais na oitiva de Walter Delgatti

Breno Esaki/Metrópoles
7 de 14

O major do GSI José Eduardo Natale

Breno Esaki/Metrópoles @BrenoEsakiFoto
8 de 14

Presidente vai pedir prorrogação de prazo da CPI

Francisco Dutra / Metrópoles
9 de 14

Hugo Barreto/Metrópoles
10 de 14

O autônomo Armando Valentin Settin Lopes de Andrade, 46 anos, acabou detido em flagrante horas depois de participar da invasão às sedes dos Três Poderes

Eurico Eduardo / Agência CLDF
11 de 14

“Não vou comentar o depoimento do general aqui. Mas houve operação com 500 policiais militares ali parados, esperando autorização do Exército para retirar o acampamento. Alguém vir aqui e dizer que [a PMDF] não agiu, [que] não era atribuição [dela], [que] não estava fazendo, é meio complicado. Precisa ser apurado por essa CPI", afirmou

Hugo Barreto/Metrópoles
12 de 14

Na ocasião, Cid também fez uso do direito ao silêncio em praticamente toda a oitiva

Breno Esaki/Metrópoles
13 de 14

Militar prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF)

Vinícius Schmidt/Metrópoles
14 de 14

Breno Esaki/Metrópoles

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?