CPI dos atos antidemocráticos encerra sessões do semestre com George Washington em silêncio
Condenado pela tentativa de atentado a bomba em Brasília, George Washington recorreu ao direito de ficar calado durante quase toda a sessão
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), encerrou as sessões do primeiro semestre com a oitiva de George Washington de Oliveira Sousa, condenado pela tentativa de atentado a bomba em Brasília. Ele recorreu ao direito de ficar calado durante quase toda a sessão.
Com o silêncio, os deputados distritais tiveram que ler a íntegra do depoimento de George à Polícia Civil do DF para trazer a versão dele sobre os ataques. Mais cedo, Alan Diego dos Santos, também condenado pela tentativa de explosão, disse que recebeu de George a bomba.
Os dois condenados pela tentativa de explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília, em um ataque político contra o resultado das urnas, foram ouvidos na mesma sessão.
Eles planejaram a explosão na véspera do Natal do ano passado. A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não foi acionada por um erro técnico.
Em maio, Alan foi condenado a 5 anos e 4 meses, em regime inicial fechado. Já George terá que cumprir 9 anos e 4 meses de reclusão, também em regime fechado. Presos no Complexo Penitenciário da Papuda, eles foram escoltados à Câmara Legislativa nesta manhã.
Os ouvidos tiveram garantido o direito ao silêncio, de acordo com decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 15 de junho. A CPI retorna aos trabalhos em agosto, com previsão de ouvir nomes como Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), e Mauro Cid, ex-ajudantes de ordens do ex-presidente.