metropoles.com

CPI do Feminicídio quer que MP apure falhas em políticas de proteção

Comissão mapeou pontos críticas em políticas públicas de proteção às mulheres e quer saber se falhas configuram improbidade dos gestores

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Divulgação
Reunião no MPDFT
1 de 1 Reunião no MPDFT - Foto: Divulgação

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Feminicídio da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) entregou o relatório da investigação ao Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) nesta quinta-feira (10/6).

A CPI cobra do MPDFT a apuração sobre se a falta de coordenação e articulação das políticas públicas voltadas à proteção das mulheres configura ilegalidade, improbidade ou outra irregularidade por parte dos gestores.

O documento foi entregue em mãos à procuradora-geral de Justiça do DF, Fabiana Costa, pelo relator da CPI, deputado distrital Fábio Felix (PSol) e pela deputada Arlete Sampaio (PT).

“O trabalho da Câmara Legislativa é importante e ajuda a aprimorar o enfrentamento da violência de gênero”, afirmou a procuradora-geral.

“Vale lembrar que o MPDFT tem o primeiro núcleo de gênero do Brasil e que nosso núcleo de direitos humanos é inclusive anterior à Lei Maria da Penha”, completou.

O relatório apresenta um série recomendações para o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Para Felix, a CPI trouxe à luz falhas crônicas na defesa das mulheres.

“Ao longo da CPI, o que vimos in loco é que não há integração entre os serviços, o que leva à revitimização de mulheres e à invisibilização da violência do gênero”, assinalou.

Olho vivo

Segundo Arlete Sampaio, a principal sugestão da CPI será a criação de um Observatório Permanente do Feminicídio, onde os órgãos atuem de maneira articulada e consistente para prevenir o assassinato de mulheres.

A CPI flagrou a falha no atendimento e na reeducação dos autores de violência. A espera para atendimento nos Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavds) pode chegar a um ano.

Dos 90 processos analisados, em apenas 13 casos algum serviço foi acionado previamente para atendimento do agressor. Há também falhas na qualificação dos agentes de segurança responsáveis pelos casos.

Segundo o MPDFT, a documentação produzida pela CPI será encaminhada para as promotorias que têm atribuição para lidar com as questões.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?