CPI do DF aprova calendário de agosto com Anderson Torres e Mauro Cid
Calendário aprovado nesta quinta-feira (29/6) prevê próximas oitivas após recesso parlamentar na Câmara Legislativa
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), aprovou o calendário das próximas oitivas, com nomes como Anderson Torres e Mauro Cid entre os depoentes. O cronograma prevê ouvir o ex-ministro de Bolsonaro e ex-secretário de Segurança Pública em 10 de agosto. Já o aliado do ex-presidente deve ser ouvido no dia 24.
Nesta quinta-feira (29/6), a CPI colhe os depoimentos dos dois condenados pela tentativa de explodir um caminhão-tanque perto do Aeroporto de Brasília. Essa é a última sessão antes do recesso parlamentar, que termina em agosto.
Quando retornar aos trabalhos, a Comissão vai analisar ainda a possibilidade de ouvir duas pessoas por semana. Ainda foram aprovados hoje requerimentos como um convite para a participação do general Carlos José Assumpção Penteado, ex-número 2 do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), um pedido de informações do Comando Militar do Planalto (CMP) e uma solicitação de relatórios de inteligência da Abin.
Sessão desta quinta
Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa prestam depoimento durante a sessão de hoje, que começa às 9h30. Acompanhe:
Eles planejaram a explosão na véspera do Natal do ano passado. A bomba estava acoplada a um caminhão-tanque e só não foi acionada por um erro técnico.
Em maio, Alan foi condenado a 5 anos e 4 meses, em regime inicial fechado. Já George terá que cumprir 9 anos e 4 meses de reclusão, também em regime fechado. Presos no Complexo Penitenciário da Papuda, eles foram escoltados à Câmara Legislativa nesta manhã. Os ouvidos terão garantido o direito ao silêncio, de acordo com decisão proferida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 15 de junho.
“Espero que os depoentes respondam as perguntas feitas pelos integrantes da Comissão e não fiquem calados, como fez o senhor George Washington, em outra oitiva, em que ele não respondeu a maioria das perguntas e recorreu ao direito de permanecer calado. Solicitei aos delegados que assessoram a CPI, para irem ao presídio intimá-los e discutir com as autoridades de segurança sobre o transporte dos dois até a Câmara Legislativa, para que eles participem da oitiva”, disse o presidente da CPI, Chico Vigilante (PT).