CPI do 8/1 ouve ex-secretário de Segurança e PM nesta 5ª
Investigação dos atos antidemocráticos colhe oitivas de Júlio Danilo, ex-secretário de Segurança, e Jorge Henrique, tenente-coronel da PM
atualizado
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que apura os atos antidemocráticos de 8 de janeiro prevê, nesta quinta-feira (23/3), dois depoimentos. São ouvidos, a partir das 10h, o ex-secretário de Segurança Pública do DF Júlio Danilo e o tenente-coronel da Polícia Militar do DF Jorge Henrique da Silva Pinto.
Ambos devem esclarecer possíveis falhas operacionais e de planejamento que levaram à invasão de prédios da Praça dos Três Poderes, na tentativa de golpe de Estado orquestrada por apoiadores de Jair Bolsonaro (PL), derrotado nas urnas. Acompanhe ao vivo:
Júlio Danilo foi nomeado chefe da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal em 30 de março de 2021 e esteve no cargo até 1º de janeiro de 2023, quando Anderson Torres assumiu a função. Os deputados distritais ainda tentam ouvir Torres, mas a defesa dele negou, mais de uma vez, a participação na CPI, o que é um direito legal por conta da condição de preso.
Já Júlio Danilo coordenou a segurança da capital federal durante a posse de Lula (PT), realizada uma semana antes dos ataques e que não registrou intercorrências. Antes, esteve à frente do gerenciamento da crise provocada pelo ataque de extremistas no centro de Brasília, após a prisão do cacique Tserere, no dia da diplomação do petista, em 12 de dezembro de 2022.
Naquela data, bolsonaristas chegaram a entrar em confronto com a Polícia Federal e outras forças de segurança, colocando fogo em prédios, ônibus e veículos estacionados na área central do DF. Porém, mesmo com o cenário de guerra provocado, ninguém foi preso em flagrante. A CPI também investiga esses atos.
Outro convocado para prestar depoimento à CPI nesta quinta é Jorge Henrique da Silva Pinto. Ele fez, ao menos, sete avisos antes dos atos extremistas cometidos em 8 de janeiro de 2023. Em 7 de janeiro, o tenente-coronel da PM começou a enviar mensagens de alerta em um grupo sobre a chegada à capital federal de bolsonaristas que teriam intenção de compor o movimento chamado “Tomada do Poder”.