“CPI desnudou a fragilidade da inteligência na segurança”, diz Fábio Felix
Após oitiva de ex-subsecretária de inteligência da SSP, deputado distrital criticou falhas que levaram à tentativa de golpe em 8/1
atualizado
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O deputado distrital Fábio Felix (PSOL) avaliou o depoimento da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) desta quinta-feira (9/3) como fundamental para expor problemas da inteligência da segurança. Os parlamentares ouviram Marília Ferreira Alencar, ex-subsecretária de Inteligência do Distrito Federal.
“A CPI desnudou a fragilidade da inteligência na segurança pública”, afirmou Fábio. A principal crítica dos deputados veio após Marília alegar que enviou informes alertando sobre os “ânimos exaltados” dos bolsonaristas antes do 8 de janeiro, mas que o trabalho da inteligência se limitava a uma parte ‘estratégica’, não operacional.
“A impressão que nós tivemos era que a inteligência era basicamente a elaboração de um ‘clipping’ de informações que era repassado às forças de segurança. Não tinha recomendação”, pontuou Fábio Felix, integrante da CPI.
Marília explicou no depoimento que enviava “frações de inteligência” aos integrantes da segurança do DF, com informações de momento, que iam mudando conforme diferentes cenários. Apesar de admitir que alertou sobre a animosidade no sábado anterior à tentativa de golpe, ela também pontuou que mensagens posteriores mostravam um clima pacífico.
“O que se chama de fração é basicamente o andamento das pessoas. A inteligência não tinha informação sobre o cumprimento, se aquilo que foi planejado estava sendo cumprido, não conseguia trazer informações da gravidade. As informações mais importantes e elaboradas que a inteligência trouxe, através da subsecretaria e de outros servidores da inteligência, era de que o ânimo era tranquilo. E o ânimo não foi tranquilo, porque teve a destruição dos Três Poderes”, avaliou o deputado.