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Covid: veja como foi o 1º dia da vacinação bivalente para maiores de 18 anos no DF

Sem perder tempo, maiores de 18 anos já aproveitaram o primeiro de dia de vacinação para garantir a proteção contra o coronavírus

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Mãos segurando seringa com vacina
1 de 1 Mãos segurando seringa com vacina - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

A partir desta terça-feira (25/4), os brasilienses com 18 anos ou mais já puderam ser vacinados contra a Covid-19 com a Pfizer bivalente. Moradores de instituição de longa permanência com 12 anos ou mais, pessoas imunocomprometidas (também a partir dos 12 anos) e gestantes e puérperas também podem garantir a vacinação em postos de saúde em todo o Distrito Federal.

Para se vacinar, é necessário levar documento de identificação e, se possível, o cartão de vacina onde constem as doses já recebidas de Covid-19. Sem perder tempo, a população de Brasília já aproveitou o primeiro de dia de imunização para garantir a proteção contra o coronavírus.

Vacinação na Asa Norte

Na unidade básica de saúde (UBS) 1 da Asa Norte, a procura pela vacina era grande no início da tarde. Por volta das 14h, havia uma fila de cerca de 45 pessoas.

Entre as pessoas ansiosas pela imunização estava o jovem Hélder Ferreira, 27 anos. O homem pegou Covid-19 e gripe no início do ano passado. “Os últimos anos foram difíceis, principalmente por conta da pandemia. É importante combater esse movimento anti-vacina que está aqui, no Brasil”,  diz o morador da Asa Norte.

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Fila na UBS 2 da Asa Norte
Alexandre de Souza, 58 anos
Fila na Vila Planalto
Servente de pedreiro Cideni Rodrigues, 53 anos
Nair Maria e Waldemar Soares
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Moradores da Asa Norte esperam para se vacinar na UBS 2

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Fila na UBS 2 da Asa Norte

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Alexandre de Souza, 58 anos

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Fila na Vila Planalto

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Servente de pedreiro Cideni Rodrigues, 53 anos

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Nair Maria e Waldemar Soares

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Estudantes Salém Alves e Gabriel Maddalozzo exibiam sua felicidade logo depois de se vacinarem

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UBS 1 da Asa Sul

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Fila na UBS 1, da Asa Sul

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Hélder decidiu comparecer logo no primeiro dia da imunização porque, segundo seus amigos, a fila estava tranquila: “Aproveitei que é tranquilo em casa e vim aqui me vacinar”.

A maioria das pessoas na UBS 1 esperou, em média, cerca de 30 minutos para garantir a proteção bivalente. Moradora do Noroeste, Viviane Carneiro, 45, otimizou esse tempo e trouxe logo toda a família para se imunizar. “Vacina é vida. Vamos tomar quantas tiverem”, proclama.

Quando teve contato com o coronavírus, teve apenas sintomas gripais leves, como febre e tosse. Ainda assim, considera o período de isolamento foi negativo: “Foi muito ruim ficar presa em casa, sem ver os amigos e a família. Se estamos aqui reunidos sem máscara, é porque a vacina funciona mesmo”, afirma Carneiro.

Proteção o quanto antes

Enquanto esperavam pela tão desejada imunização, um grupo de moradores da Asa Norte comentava sobre a alegria de ganhar um reforço adicional contra as doenças. Eles eram algumas das 72 pessoas que aguardavam na UBS 2, da EQN 114, por volta das 15h.

O funcionário público Antônio Brito, 51, define a vacina como “uma luz no final do túnel” e lembra da pandemia como um “tempo que parece fazer um século”. O homem, que pegou a forma leve do vírus, no Natal de 2021, esperou na fila por 45 minutos.

Nesse meio tempo, fez amizade com a advogada Eleonora Vaz, 35, que se considera como uma das sobreviventes da Covid-19. A mulher foi internada em estado grave em março de 2021 e chegou a passar 11 dias na unidade de terapia intensiva. “Não quero viver nunca mais uma pandemia na minha vida. Vou me vacinar sempre que puder”, conta.

Cinco meses depois de ter alta do hospital, ela foi uma das primeiras na fila de vacinação em agosto de 2021: “Cheguei aqui mesmo por volta das quatro da manhã e já tinha gente aqui, que acampou para se vacinar. Agora, aproveitei o primeiro dia para me imunizar e ficar protegida o mais rápido possível”.

Ato político

Luciana Munhoz, 35, veio acompanhada do esposo, Rodrigo Senna, 41. Para o casal, garantir essa proteção, além de ser um gesto coletivo, é também um ato político.

“É lutar contra o Covid que ainda não acabou e evitar que a gente desenvolva a forma grave da doença”, diz Munhoz. A advogada ressalta a importância dos médicos do Sistema Único de Saúde (SUS) e de continuar combatendo informações falsas do movimento anti-vacina que tentam deslegitimar a ciência.

Como diretor de animações, Senna já trabalhava em casa antes do isolamento social. Entretanto, foi graças aos imunizantes que ele conseguiu celebrar seu aniversário de 40 anos da forma como precisava.

“Em 2021, quando todo mundo já tinha as duas doses e os casos estavam baixos, juntamos os amigos no gramado perto de casa. Todo mundo chegava com aquela cara de alívio por se encontrar novamente. Bem melhor que o aniversário anterior, que eu fiquei no apartamento e foi por celular, tudo travando”, comenta.

“Já cheguei, tirei minha foto avisando que estava aqui e mandei no grupo da família chamando todo mundo também”, anuncia Alexandre de Souza, 58.

Com a proteção, o homem realizou um sonho que estava postergando, o de Viajar para Portugal. Além disso, o servidor público aponta que estreitou os laços familiares por conta da disseminação da doença: “A perspectiva do fim levou muita gente a voltar pro começo, de se relacionar e dar valor”.

Filas mais rápidas

A situação estava bem mais tranquila na UBS 3, localizada na Vila Planalto. Por volta das 15h45, a fila para a vacinação bivalente tinha apenas seis pessoas. A condição deixou o servente de pedreiro Cideni Rodrigues, 53, bem surpreso: “Esperava mais gente por ser o primeiro dia, né? Disseram que de manhã aqui estava mais cheio, mas agora não demorei nem três minutos. Foi rapidinho”.

Os moradores da Vila Planalto Nair Maria  e Waldemar Soares, ambos de 64 anos, aproveitaram que eram vizinhos do posto de saúde e foram se vacinar por volta das 16h. “Conheço muita gente que ficou bem ruinzinho depois da vacina, mas foi coisa rápida. Nós tomamos todas que temos direito e não sentimos nada. Não tem porquê não se vacinar”, afirma Nair.

Outro posto onde a fila estava rápida foi na unidade do Lago Norte, que reunia 14 pessoas no meio da tarde. Com os algodões ainda no braço, os estudantes Salém Alves e Gabriel Maddalozzo exibiam sua felicidade logo depois de se vacinarem no local.

“Nós somos seres para ter convivência com os outros, somo seres sociais. Graças ao SUS e à vacinação, podemos viver a nossa vida normalmente”, considera Salém Alves.

Espera de uma hora

O ponto de Brasília com maior espera foi na unidade básica de saude 1, da Asa Sul. Funcionando durante toda tarde, o lugar acumulava cerca de 80 pessoas na fila. Beatriz Moreira, 26 anos, esperou mais de uma hora pela vacinação bivalente. Para ela, o tempo até passou rápido, mas acredita que nos próximos dias a situação deve se agilizar.

O publicitário Ariel Garcia, 25, chegou no posto por volta das 16h e só conseguiu o imunizante às 17h15. “A espera é um pouco longo, mas vale a pena. Ficar doente não está com nada”, diz Garcia.

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