Covid: ocupação de leito adulto está em 100%; há 33 pessoas na espera
Na manhã desta quarta-feira (2/2), há somente três leitos neonatais vagos. Ocupação geral para tratamento do novo coronavírus é de 96,77%
atualizado
Compartilhar notícia
A taxa de ocupação de unidades de terapia intensiva (UTIs) voltadas para pacientes adultos com Covid-19 na rede pública do Distrito Federal está em 100% nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira (2/2). De acordo com o sistema InfoSaúde, do GDF, atualizado às 6h40, a ocupação atual de UTIs para tratamento do novo coronavírus, no geral, é de 96,77%.
A lista de espera por UTIs na rede pública de saúde tem 33 pessoas com suspeita ou confirmação de infecção pelo novo coronavírus.
Como a Covid age em nosso organismo:
“Esperamos que esta seja a última onda”, diz Ibaneis sobre Ômicron
Atualmente, há 9o leitos para Covid-19 ocupados e três vagos na rede pública. No entanto, entre as unidades disponíveis, todas são neonatais, não havendo UTIs adulto e pediátricas livres. Outros cinco leitos estão bloqueados.
UTIs Covid: taxa de ocupação adulto volta a 100% nesta segunda no DF
Os únicos leitos de UTI Covid-19 livres, neste momento, na rede pública estão no Hospital Regional da Asa Norte (Hran). Não há vagas em outras unidades públicas de saúde.
A rede privada está com taxa de ocupação de leito adulto em 70,07%. São 99 leitos de UTI Covid-19 preenchidos, 41 disponíveis e dois bloqueados. Os leitos pediátricos dos hospitais particulares também atingiram 100%.
Morte
Um bebê de 1 ano e 4 meses morreu enquanto esperava por um leito de UTI na rede pública de saúde do Distrito Federal. A criança, cujo teste acusou positivo para Covid-19, faleceu na segunda-feira (31/1), no pronto-socorro do Hospital da Região Leste (HRL), no Paranoá.
A Secretaria de Saúde confirmou à coluna Grande Angular o óbito da criança. A pasta informou que a morte do bebê ocorreu devido a um quadro respiratório agudo. O resultado positivo para Covid saiu nessa terça-feira (1º/2).
“A criança deu entrada na unidade na madrugada do dia 31 de janeiro com suspeita diagnosticada de pneumonia. Recebeu tratamento com antibióticos e iniciou a oxigenação, via cateter nasal, respondendo bem. No decorrer do tratamento, o quadro evoluiu com instabilidade respiratória, motivando a mudança de suporte respiratório para ventilação não invasiva”, disse a pasta.
A Secretaria de Saúde do DF afirmou que a equipe médica inseriu a criança na fila da regulação de leitos, com classificação de Prioridade 2, indicada para pacientes que necessitam de suporte ventilatório, no entanto, sem intubação. Segundo a pasta, o menino já estava recebendo a ventilação não invasiva e o suporte clínico de acordo com a sua necessidade, apesar de não ter ido para uma UTI.
“Às 18h de ontem [segunda-feira], a criança apresentou piora abrupta em seu quadro clínico e continuou recebendo acompanhamento médico. Porém, sofreu parada cardiorrespiratória, com tentativa de reanimação por 40 minutos. Apesar de todos os esforços protocolares da equipe médica, a criança foi a óbito. A pasta lamenta o ocorrido, reafirma as boas práticas e ressalta que não houve desassistência à criança”, disse.
Uma servidora do HRL disse à coluna, sob condição de anonimato, que a ocupação de leitos destinados a pacientes com Covid-19 na unidade “está tranquila”. Segundo a profissional, a maior dificuldade atual é em relação às crianças infectadas. “São bebês pequenos, muitos com idades abaixo de 2 anos, que não têm nem previsão de receber uma vacina contra Covid”, afirmou.