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Covid: janeiro de 2022 tem 75% menos mortes do que 1º mês de 2021

Queda no número de fatalidades está diretamente ligada à vacinação da população do DF. Ainda assim, 500 mil pessoas não tomaram nem a D1

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coveiros de cemitério municipal, em goiânia, goiás, enterram vítima de covid-19. rotina cansativa
1 de 1 coveiros de cemitério municipal, em goiânia, goiás, enterram vítima de covid-19. rotina cansativa - Foto: Vinícius Schmidt/Metrópoles

Se já não faltavam argumentos que comprovassem os benefícios da vacinação, aí vai mais um: o número de óbitos por Covid-19 em janeiro de 2022, com grande parte da população vacinada, é 75% menor que o número de mortes relacionadas à doença no primeiro mês de 2021, quando a campanha de imunização ainda engatinhava no país.

Covid faz expectativa de vida no DF cair até 3 anos, aponta UnB

Até essa terça-feira (8/9), 73% da população residente no Distrito Federal estava com a imunização completa contra o coronavírus. Desses, 25% tinha tomado a dose de reforço ou adicional. No começo de janeiro de 2021, ainda não havia vacina. O imunizante chegou ao DF apenas em 19 de janeiro daquele ano, inicialmente para profissionais de saúde que atuavam na linha de frente da pandemia.

Como a Covid age no organismo:

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19
No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia
Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações
Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas
A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença
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Os testes laboratoriais confirmaram que o medicamento é capaz de conter a capacidade viral de mutações, como a Ômicron e a Delta, classificadas como variantes de preocupação pela Organização Mundial da Saúde (OMS)

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Idosos e pessoas com comorbidades, como doenças cardíacas, pulmonares ou obesidade, e os imunossuprimidos apresentam maior risco de desenvolver complicações mais sérias da Covid-19

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No início da pandemia, os principais sintomas associados à doença eram febre, cansaço, tosse seca, dores no corpo, congestão nasal, coriza e diarreia

Andrea Piacquadio/Pexels
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Dois anos depois da confirmação do primeiro caso, com o surgimento de novas variantes do coronavírus, a lista de sintomas sofreu alterações

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Pacientes passaram a relatar também calafrios, falta de ar ou dificuldade para respirar. Fadiga, dores musculares ou corporais, dor de cabeça, perda de olfato e/ou paladar, dor de garganta, náusea, vômito e diarreia também fazem parte dos sintomas

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A variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, espalhou-se rapidamente pelo mundo e gerou um novo perfil da doença

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Atualmente, ela se assemelha a um resfriado, com dores de cabeça, dor de garganta, coriza e febre, segundo um estudo de rastreamento de sintomas feito por cientistas do King's College London

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A mudança no perfil dos sintomas é um desafio no controle da pandemia, uma vez que as pessoas podem associá-los a uma gripe comum e não respeitar a quarentena, aumentando a circulação viral

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Um estudo feito no Reino Unido, com 38 mil pessoas, mostrou que os sintomas da Covid-19 são diferentes entre homens e mulheres

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Enquanto eles costumam sentir mais falta de ar, fadiga, calafrios e febre, elas estão mais propensas a perder o olfato, sentir dor no peito e ter tosse persistente

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Os sintomas também mudam entre jovens e idosos. As pessoas com mais de 60 anos relatam diarreia com maior frequência, enquanto a perda de olfato é menos comum

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A maioria das pessoas infectadas que tomaram as duas doses da vacina sofre com sintomas considerados leves, como dor de cabeça, coriza, espirros e dor de garganta

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Em janeiro do ano passado, o DF perdeu 324 vidas para o novo coronavírus, no primeiro mês deste ano, foram 78. A discrepância fica ainda maior quando se compara com o número de casos. Em janeiro de 2021, foram 21 mil casos confirmados da doença, contra 103 mil em 2022.

Apesar das boas notícias, 500 mil moradores do DF ainda não procuraram os postos de imunização e outros 113 mil não retornaram para completar o ciclo e receber a D2. “São dados que nos preocupam”, afirmou a subsecretária de Atenção Integral à Saúde, Paula Lawall, em coletiva de imprensa na semana passada.

Veja o número de mortes e casos em janeiro de 2021: 

  • Casos – 21 mil
  • Mortes – 324

Compare com a quantidade de óbitos e infecções de janeiro de 2022: 

  • Casos – 134 mil
  • Mortes – 78

Queda na expectativa de vida

Apesar da diminuição nas mortes, a pandemia já deixou marcas na vida do morador de Brasília. Um estudo vinculado ao Instituto de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), o ObservaDF, aponta para a redução entre 1 e 3 anos na expectativa de vida do brasiliense em decorrência da doença.

Mulheres com maior poder aquisitivo passaram a ter expectativa de 83 anos, em 2021. Já as de baixa renda, aproximadamente, 76 anos. Para os homens moradores de regiões periféricas, o indicativo é de 69 anos — oito anos a menos dos que moram em áreas nobres.

Ana Maria Nogales, professora do Departamento de Estatística da UnB, destaca essa discrepância acontece porque a capital tem uma das taxas de desigualdade social mais elevadas do país.

“Esse é um dado relevante porque a população mais envelhecida está no centro da cidade, nas regiões mais favorecidas e com menor impacto da Covid, do que nas comunidades de baixa renda, onde o vírus rapidamente se espalhou e atingiu fortemente a população. Essas localidades são muito mais jovens”, afirma.

“Isso mostra que o impacto da Covid é diferenciado e pode ser mais forte conforme aumenta a desigualdade”, completa a pesquisadora do Centro de Estudos Avançados e Multidisciplinares da UnB.

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