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Covid: escolas do DF começam a retomar aulas on-line com alta de casos

Segundo levantamento de sindicato, 12 turmas foram suspensas em uma semana. Pais reclamam de falta de protocolos em instituições privadas

atualizado

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Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
Rede privada no DF volta às aulas nesta 2ª
1 de 1 Rede privada no DF volta às aulas nesta 2ª - Foto: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles

Após dois meses de queda nos indicadores que medem a incidência da Covid-19, com diminuição constante nos números de casos ativos, mortes e taxa de transmissão da doença, os números da pandemia voltam a crescer no Distrito Federal. O aumento de casos, registrado em todo o Brasil, levantou a possibilidade de uma 4ª onda da doença.

No ambiente escolar, essa tendência fica mais nítida com a multiplicação de turmas deslocadas para o modelo remoto após casos positivos de Covid. Desde a última quinta-feira (26/5), 12 turmas do sistema privado de ensino foram para o modelo on-line após registros da doença. O levantamento foi feito pelo Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares (Sinproep).

Uma dessas turmas foi a do 2º ano do fundamental do Sigma de Águas Claras, que em três dias viu nove estudantes e a professora testarem positivo para a doença. A mãe de um aluno reclama da falta de protocolos em sala de aula. Indignada, ela garante que a própria professora não usa máscaras de proteção.

“Ontem apertei o meu filho para saber se ele usa máscara em sala. Ele vê os colegas sem máscara e é lógico que vai tirar. A pandemia não acabou! Como a professora entra na sala de aula sem máscara? Como os funcionários não usam máscara? Por que a Secretaria de Saúde diz que não precisa mais usar?”, questiona a responsável, que pediu para não ser identificada.

Veja fotos da volta às aulas nas escolas particulares em 2022:

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De acordo com  Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal, 80% das escolas retomam as aulas nesta 2ª
Silvio Júnior acompanhou as filhas de 15 e 12 anos no primeiro dia de aula
Algumas escolas oferecem a opção de ensino hibrido
Alunos devem permanecer de máscara dentro do colégio
A fonoaudióloga Dainá Alvarenga, 42, também acompanhou os filhos, de 15 e 13 anos, no primeiro dia de aula
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Movimentação estava grande nesta manhã no Leonardo da Vinci, na Asa Norte

Fotos: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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De acordo com Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal, 80% das escolas retomam as aulas nesta 2ª

Fotos: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Silvio Júnior acompanhou as filhas de 15 e 12 anos no primeiro dia de aula

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Algumas escolas oferecem a opção de ensino hibrido

Fotos: Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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Alunos devem permanecer de máscara dentro do colégio

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A fonoaudióloga Dainá Alvarenga, 42, também acompanhou os filhos, de 15 e 13 anos, no primeiro dia de aula

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Pais e responsáveis estão preocupados com as medidas sanitárias

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Escola Sigma retomou as aulas nesta 2ª

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Escola oferece opção de aula remota

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Cealys França, 47, diz que aula a distância prejudicou rendimento escolar da filha

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Escolas públicas do DF devem retomar aulas presenciais em 14 de fevereiro

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O pedido de volta aos protocolos é o mesmo da Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do DF (Aspa-DF). Segundo o presidente da entidade, Alexandre Veloso, o aumento de casos nas escolas é um fato perigoso.

“Esse aumento é fato constatado, a associação espera que fazendo um controle preventivo, com uso de máscaras e protocolos, não precise chegar a fechar a escola. Isso vem acontecendo com a suspensão de turmas”, explicou Alexandre .

O aumento de casos de Covid no ambiente escolar também é constatado pelos dados oficiais do sistema Monitora Escola, da Secretaria de Saúde. De acordo com o levantamento, em abril, entre escolas públicas e particulares do DF, foram registrados 27 casos positivos. No mês seguinte, foram 528.

O uso de máscaras para combater essa tendência de crescimento também é consenso entre os sindicatos, seja os de trabalhadores ou os patronais. O Sinproep e o Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sinepe-DF) pediram o retorno do equipamento de proteção.

“Os trabalhadores têm opção de continuar com a utilização das máscaras, mesmo que a decisão da escola seja por desobrigar o uso”, afirmou o Sinproep em nota. “A escola pode ter um protocolo mais rígido que o decreto vigente. As escolas têm autonomia para pedir a volta do uso de máscara caso a contaminação esteja elevada”, orienta a presidente do Sinepe, Ana Elisa Dumont.

Esse não é o entendimento em algumas unidades de ensino, como o COC do Jardim Botânico. Segundo o pai de um estudante de 11 anos, que também pediu para não ser identificado, a escola teria mais de 30 casos de Covid-19, mas que não foram contabilizados por falta de testes.

“Para as pessoas agora não existe mais pandemia. Todo mundo sem máscara e mandando o filho com febre e tossindo para a escola. Quando você vai conversar com a direção eles dizem que não podem fazer nada, porque não é mais obrigatório e não existe protocolo. Não concordo com isso”, protestou o pai.

O que dizem as instituições

Procurado, o Sigma afirmou que mantém rígido protocolo e que a equipe pedagógica é orientada a manter o uso contínuo de máscaras.

Veja o posicionamento do Sigma na íntegra: 

“A escola mantém rígido protocolo, orientado pela Vigilância Sanitária, para manter a segurança das atividades, prezando pela saúde de todos, no período pós-Covid. Entre as medidas estão a orientação para a equipe pedagógica do uso contínuo de máscara de proteção facial em todos os espaços da escola, a higienização constante com álcool em gel, salas com janelas e portas abertas para ventilação, orientação contínua e vigilante aos alunos e familiares sobre os cuidados para evitar a contaminação e a sinalização dos espaços.

Com o objetivo de sempre oferecer segurança e conforto a toda comunidade escolar, especialmente, aos alunos e professores, toda equipe pedagógica, as salas de aula e demais ambientes de aprendizagem estão preparados para atendimento remoto ou híbrido.

Caso o aluno não possa comparecer às aulas presenciais, devido à confirmação e/ou à suspeita de contaminação por Covid-19, ele terá acesso a todo o conteúdo dado em sala de aula, por meio de nossas plataformas digitais. Em turmas com risco de contaminação interna do novo coronavírus, as aulas presenciais serão suspensas e disponibilizadas no formato on-line para todos os estudantes.”

Já a direção do COC Jardim Botânico afirmou que sugeriu aos colaboradores que voltem a usar máscaras nos locais fechados da escola e que os protocolos estão sendo seguidos.

Veja a íntegra do posicionamento do COC Jardim Botânico:

“Domingo passado, dia 29 de maio, ao sabermos de casos positivados de nossos estudantes, encaminhamos, no próprio domingo, um comunicado aos pais com as seguintes orientações: as provas desta semana foram adiadas e as aulas entraram em sistema híbrido, permitindo, assim, que os estudantes façam o isolamento protetivo. Foi também sugerido que os estudantes e colaboradores voltem a usar a máscara nos locais fechados do colégio. Os protocolos continuam sendo seguidos e as orientações são passadas aos nossos colaboradores e comunidade escolar.”

Veja o posicionamento do Sinproep na íntegra: 

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Veja a fala da presidente do Sinepe na íntegra: 

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