Covid: entidades e CLDF registram falta de remédio na Farmácia Central
A força-tarefa Ação Conjunta Covid-19, composta por entidades de Saúde, CLDF e OAB-DF, visitou o local para averiguar as condições
atualizado
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A força-tarefa Ação Conjunta Covid-19, que reúne representantes de diversas instituições de Saúde, da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) e da Ordem dos Advogados do Brasil no DF (OAB-DF), realizou diligências, na manhã desta terça-feira (30/3), na Farmácia Central, onde identificou falta de estoque de medicamento, além do limite para bloqueadores neuromusculares usados para a intubação de pacientes acometidos pelo novo coronavírus.
Durante visita ao local, nesta manhã, a ação conjunta verificou estoque de máscaras KN95 doadas pelo Ministério da Saúde que não podem ser usadas por não terem uso médico. No entanto, segundo a comitiva, há previsão de chegar quatro vezes o estoque atual.
Ainda segundo a força-tarefa, o antibiótico polimexina, muito usado na crise sanitária, não tem no estoque. O mesmo acontece com outros medicamentos do kit intubação.
“Há fármacos alternativos com a mesma indicação de uso, então, não há falta de alternativa, mas os profissionais da saúde reclamam dessa variação de fármacos”, afirmou o grupo.
Além disso, o local onde são estocados os medicamentos não são climatizados, e a temperatura tem ultrapassado 30ºC, o que não é indicado para diversos medicamentos.
Veja imagens da diligência na manhã desta terça-feira:
Segundo o deputado distrital Fábio Felix (PSol), membro da força-tarefa, há um alerta e uma preocupação em relação aos bloqueadores neuromusculares que estão no limite.
“Estamos pegando os dados exatos de cada um dos medicamentos que estão disponíveis entre antibióticos e outros do kit intubação para que a gente possa fazer uma prestação de contas para a população e cobrar o Governo do Distrito Federal (GDF)”, explicou o parlamentar.
De acordo com a força-tarefa, entre a lista dos remédios disponíveis com pouco estoque e sedativos do kit intubação estão: fentanila, noraepinefrina, propofol, cisatracúrio, ibopuronio e midazolam.
O Metrópoles entrou em contato com a Secretaria de Saúde. Confira a resposta da pasta na integra:
“A secretaria de Saúde informa que há processo de compra em andamento e que ainda esta semana receberá o quantitativo de 23 mil unidades de bloqueadores neuromusculares. Quanto ao medicamento POLIMIXINA B injetável, a pasta esclarece que está com dificuldade para receber o produto junto à empresa fornecedora, pois o item está em falta no mercado. Ainda há estoque desse medicamento nos hospitais”.