Covid-19: sindicato pedirá ao GDF testagem para trabalhadores de farmácias
Pelo menos 150 balconistas foram contaminados pelo novo coronavírus e representantes pedirão providências ao governo e a distritais
atualizado
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Pelo menos 150 profissionais que trabalham em farmácias de todo o Distrito Federal já contraíram o novo coronavírus. É o que aponta a entidade que representa a categoria. Por esse motivo, o Sindicato dos Trabalhadores em Farmácia (Sintrafarma-DF) vai pedir ao Palácio do Buriti e à Câmara Legislativa que providenciem ações para a testagem dos balconistas.
De acordo com o presidente do Sintrafarma-DF, José Alves Filho, farmácias e supermercados se mantiveram em funcionamento permanente mesmo após o início da pandemia de Covid-19. Desde então, tem sido constante o número de denúncias de profissionais contaminados e até da falta de equipamentos de proteção individual (EPIs) nas unidades.
“Todos sabem que temos um segmento bilionário e que não fechamos em momento algum. E vem se alastrando o contágio de pessoas com a Covid-19. Por isso, queremos pedir ao governo que faça parceria com os laboratórios para que sejam feitas as testagens regularmente”, destaca José Alves. “Somos 16 mil trabalhadores e estamos em situação de risco”, completa.
O presidente alerta que é muito difícil chegar ao balcão de farmácias de menor porte e ter todos os atendentes com máscaras. Apenas as drogarias de maior porte, segundo ele, têm cumprido as regras de proteção dos funcionários. Alves observa ainda que as denúncias poderiam ser maiores, mas muitos empregados têm medo de perder seus empregos e acabam não procurando o sindicato para relatarem as dificuldades enfrentadas durante a pandemia.
“Quase um padre”
Também representante de trabalhadores de áreas de cosméticos, José Alves alerta que o problema se agrava em perfumarias. Segundo ele, a maior parte das lojas não oferece o equipamento de proteção para os funcionários.
“Em um lugar com uma das maiores médias de venda por habitantes, o balconista é quase um padre. Em regiões onde as pessoas são mais velhas, por exemplo, elas chegam e vão contar suas dores para quem está atendendo”, comenta José Alves.
“Muitas vezes o cliente não entende que, para falar com outros, precisa estar de máscara ou manter a distância. Quem está atendendo não pode negar ouvir a pessoa e acaba exposto, sem a proteção devida”, conclui.
O Metrópoles tentou contato com representantes dos donos de farmácias, mas não conseguiu até a última atualização desta reportagem. O espaço segue aberto a manifestações.
Confira dados da Covid-19 no DF: