Covid-19: sindicato é contra aulas presenciais nas escolas privadas
Segundo associação de professores, diante do atual quadro da pandemia, ainda não é o momento para o ensino presencial no Distrito Federal
atualizado
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O Sindicato dos Professores em Estabelecimentos Particulares de Ensino do Distrito Federal (Sinproep-DF) reprovou a volta das aulas presenciais nas escolas privadas, neste momento da pandemia do novo coronavírus. Nesta sexta-feira (5/3), a associação publicou nota lamentando o decreto que reabriu os centros educacionais.
“O Sinproep entende que o isolamento neste momento é fundamental devido à ausência de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e o aumento de casos de Covid-19 no DF. Porém, fica claro que está sendo visto somente o lado econômico, considerando que não foi dado o mesmo tratamento na rede pública. Fica evidente a desigualdade na educação por parte do governador”, destacou a nota.
Para o sindicato, a retomada das aulas neste momento coloca a saúde da comunidade escolar em risco. “O lockdown se faz necessário para amenizar a situação precária dos hospitais que atendem a pacientes com o vírus e neste momento encontram-se em situação de calamidade pública, com mais de 90% de leitos de UTI ocupados”, argumentou a entidade.
Veja a nota completa:
NOTA À IMPRENSA – Ibaneis Libera Aulas Presenciais Escolas Particulares by Metropoles on Scribd
Híbrido
De acordo com o diretor jurídico do Sinproep, Rodrigo de Paula, quando as escolas voltaram, no modelo híbrido, não foi respeitado o limite de 50% de alunos por sala de aula. Assim, o sindicato, em fevereiro, pediu que um acordo judicial firmado em dezembro do ano passado fosse revisto.
Uma audiência com o Ministério Público do Trabalho (MPT) foi marcada para terça-feira (9/3). “Vamos aproveitar essa audiência para debater se é o momento de retornar presencialmente, uma vez que as UTIs (unidades de tratamento intensivo) estão lotadas”, afirmou o diretor da entidade. Caso não seja construído um acordo com o sindicato patronal, o Sinproep vai entrar na Justiça pedindo o retorno do lockdown.
“Nossa expectativa era que voltasse a educação infantil, até o 5º ano, voltasse ao modelo híbrido. Porém, tudo foi liberado. Não justifica colocar em risco até as faculdades, que estão acompanhando as aulas [remotas] bem”, disse Rodrigo de Paula. “[O retorno] É uma decisão meramente econômica. Neste momento, a manutenção do lockdown é necessária”, completou.