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Covid-19: motoristas de app e táxi reclamam da falta de máscaras

Profissionais de aplicativos e taxistas se preocupam com a doença e desinfetam o carro o máximo possível para evitar a contaminação

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Andrews Nery/Especial para o Metrópoles
Fabio Vettein Silva é motorista por aplicativo: coronavírus
1 de 1 Fabio Vettein Silva é motorista por aplicativo: coronavírus - Foto: Andrews Nery/Especial para o Metrópoles

Um dos serviços atingidos pela pandemia do novo coronavírus é o de transporte por aplicativo. Confinados em um espaço pequeno, muitas vezes trabalhando com o ar-condicionado ligado o tempo todo e ao lado de passageiros desconhecidos, os motoristas correm riscos. Por isso, a maioria deles, no Distrito Federal, tomam diversos cuidados.

Fabio Vettein Silva, 35 anos, por exemplo, já está no quarto ano atrás do volante. Segundo o motorista, o medo é grande de pegar algum passageiro que possa estar infectado. Por isso, o homem nunca deixa de usar máscara e deixar o álcool em gel sempre à mão. Mas ele é um dos “sortudos”. Afinal, está difícil encontrar máscaras na cidade.

“Sempre rodei mais pelo aeroporto (de Brasília). Depois que se confirmou o primeiro caso aqui no DF, passei a usar máscara e álcool em gel. Fico receoso, porque não sabemos quem é a pessoa que embarca no carro, se está com o coronavírus ou não”, lembra.

Nesta sexta-feira (13/03), por exemplo, Fabio conduziu uma mulher que estava tossindo. “Na hora, já fiquei preocupado. Depois que eu deixo os clientes, sempre me higienizo com o álcool”, explicou. Os sintomas do Covid-19 ainda incluem coriza, febre, falta de ar e diarreia.

Josimar Gomes, 51, é taxista há 30 anos. O homem afirmou que nunca havia visto uma situação como essa provocada pelo coronavírus. O profissional faz uso constante de álcool em gel. Ele até queria usar máscara, mas não consegue porque não encontrou para comprar em farmácias.

“É uma situação preocupante. Toda as vezes que um passageiro sai, eu higienizo os locais onde a pessoa pegou: porta etc. Já peguei passageiros que vieram de vários lugares do mundo”, lembra Josimar. “Por enquanto, não aconteceu nada. Mas nesses meus 30 anos rodando aqui, é a primeira vez que me deparo com uma situação desse tipo”, contou.

Vai de álcool em gel

O Covid-19 fez a rotina do motorista de aplicativo Edimar Moura, 33 anos, mudar também. O homem não deixa o álcool em gel de lado. E, mesmo assim, o medo de contrair a doença é grande. “Sempre passo no volante do carro, nas maçanetas e nas mãos. Tenho um cuidado especial depois de pegar as malas dos passageiros também: sempre lavo as mãos depois”, enumera.

“Eu fico assustado pela situação. Particularmente, eu sempre tomo vitamina para deixar a imunidade alta. Não sei se resolve, mas deve ajudar. Por enquanto, não pegue nenhum passageiro que tenha vindo da Europa ou de algum outro lugar muito infectado. O jeito é seguir tomando cuidado”, conclui Edimar.

Fabio Vettein comentou que a Uber soltou um comunicado informando que, caso algum motorista pegue o Covid-19, uma assistência financeira será fornecida para que o infectado fique em casa. Realmente, em sua página, a empresa aponta o benefício.

“Qualquer motorista ou entregador parceiro diagnosticado com o Covid-19 ou que tiver quarentena solicitada por uma autoridade de saúde pública receberá assistência financeira durante até 14 dias enquanto sua conta estiver suspensa”, diz o informativo. Diversos outros procedimentos são assinalados pela Uber (clique aqui para conferir).

De acordo com o Ministério da Saúde, basta algumas práticas básicas para evitar a transmissão do novo coronavírus. Confira:

  • Lave as mãos com água e sabão ou use álcool em gel.
  • Cubra o nariz e boca ao espirrar ou tossir.
  • Evite aglomerações se estiver doente.
  • Mantenha os ambientes bem ventilados.
  • Não compartilhe objetos pessoais.

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