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Covid-19: comissão visita Papuda e denuncia sujeira e superlotação

Apenas o presidente da comissão foi autorizado a entrar no presídio, sob a condição de não filmar nem fotografar a parte interna do local

atualizado

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Renato Alves/Agência Brasília
Papuda
1 de 1 Papuda - Foto: Renato Alves/Agência Brasília

O presidente da Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) visitou, nesta quarta-feira (01/07), o Complexo Penitenciário da Papuda. A intenção era verificar as condições em que os detentos se encontram no lugar que já foi o maior foco de infecção por coronavírus na capital e apurar as centenas de denúncias recebidas.

De acordo com o Fábio Felix (PSol-DF), são vários os problemas encontrados nos blocos D e F da PDF 1. “Vi muita sujeira nas áreas mais reservadas aos detentos. Nos locais onde os servidores ficam, estava mais limpo, mas até a parte do banho de sol não estava em boas condições”, conta.

Outro destaque negativo foi a capacidade das celas, que estavam lotadas. Por regra, deveriam ser apenas 1,5 mil detentos na Papuda, sendo que hoje são cerca de 4 mil presos no local. “Vi celas que cabem oito pessoas com 30. Outra que deveriam ser acomodadas duas e tem 13”, relata.

Para o parlamentar, a falta de higiene e o número absurdo de detentos podem contribuir para uma nova onda de contaminação dentro do presídio. “Se os cuidados não forem tomados, a gente pode ver novamente os casos crescerem. O atendimento médico tem sido precário também. Os presos disseram que precisam mandar um bilhetinho por meio de um agente e aguardar atendimento”, explica.

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Familiares de presos enviam diariamente vários pedidos de ajuda

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Proibições

Representantes de entidades que fiscalizam a saúde no DF foram impedidos de visitarem o Complexo Penitenciário da Papuda, mesmo na companhia de Felix. O deputado, inclusive, não foi autorizado a fazer fotos os filmagens do lado de dentro do presídio.

O vice-presidente do Conselho Regional de Enfermagem do DF (Coren-DF), Tiago Alves, foi um dos barrados na porta. Segundo ele, apesar de não poder verificar as condições pelo lado de dentro, as conversas com familiares de presos já apontaram vários problemas.

Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seape) disse que “a visita da comitiva, nesta quarta-feira (01/07), não foi oficializada à pasta ou à Vara de Execuções Penais (VEP/TJDFT), como também não atendeu a critérios observados na Portaria nº 8/2016, da VEP/TJDT”.

A aglomeração de familiares na entrada do presídio também foi registrada, confira:

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