Covid-19: “Cenário indica possível início de um novo surto”, aponta estudo da UnB
Três regiões administrativas foram classificadas no nível de alerta (vermelho): Arniqueira, Brazlândia e Riacho Fundo II
atualizado
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A Universidade de Brasília (UnB) divulgou, nesta quarta-feira (9/12), o último boletim realizado pela instituição sobre o avanço do novo coronavírus no Distrito Federal. O acompanhamento é referente ao período de 22 de novembro a 7 de dezembro deste ano. Os dados apontam para um aumento número de pacientes infectados na capital do país.
Anteriormente, no boletim de 25 de novembro, foi aferido R(t) de 1,02 e, neste, de 1,08, indicando um aumento da epidemia, sinalizando o possível início de um novo surto, a chamada 2ª onda. R( t) significa o número de reprodução do novo coronavírus durante o tempo estudado.
Durante o período analisado, não foi identificado aumento significativo de óbitos por semana. Todavia, há um atraso no surto de óbitos em relação ao seu respectivo surto de infectados. Nesse sentido, espera-se um leve aumento no número de fatalidades semanais para os próximos dias.
Com isso, é possível notar que a pandemia no DF atravessou o seu primeiro pico em agosto. Nota-se que alterações significativas nas interações sociais podem gerar um aumento de R(t) e consequente alteração na data do pico de infectados.
Ainda segundo o levantamento, destaca-se, que 23 regiões administrativas registraram R(t) acima de 1, indicando o crescimento da epidemia nesses locais. Três foram classificadas no nível de alerta vermelho: Arniqueira, Brazlândia e Riacho Fundo II.
O Quadro 1 apresenta a classificação da situação – atual e dos boletins anteriores – da pandemia no Distrito Federal e nas Regiões Administrativas selecionadas, usando-se a metodologia de acompanhamento da disseminação do vírus apresentada no Apêndice II – acompanhamento (verde), atenção (amarelo), alerta (vermelho) e emergência (preto). Os números na última coluna desse quadro indicam o valor estimado para o R(t) da respectiva região no dia 7/12.
Aplicabilidade
O estudo conta com contribuições de uma equipe multidisciplinar composta por pesquisadores voluntários da Universidade de Brasília e de instituições parceiras das áreas de geociências, saúde, engenharia de produção, transportes, estatística, educação e matemática.
Trata-se de um observatório que tem como objetivo subsidiar os gestores públicos e a população no monitoramento espacial da disseminação da doença, abordando aspectos de diversas áreas do conhecimento, a partir de estudos e simulações apoiadas em dados e modelagem matemática.