Covid-19: Aeroporto de Brasília reduz fluxo aéreo em mais de 90%
A partir de agora, principal terminal do Centro-Oeste passa a operar com apenas 21 voos nacionais para 16 destinos diferentes no país
atualizado
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O Aeroporto Internacional de Brasília Juscelino Kubitschek anunciou a redução para 21 o número de pousos e decolagens diárias. A decisão configura uma diminuição de 90% da capacidade total do terminal e é resultado das medidas de restrição à locomoção e viagens implementadas para o enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.
O local tem capacidade para operar até um voo a cada 56 segundos. Entretanto, passará a receber, por dia, o que antes podia fazer em menos de 30 minutos. Antes da crise causada pelo novo coronavírus, o terminal contava, em média, com 380 voos diários, o que o tornou o terceiro maior aeroporto em fluxo do país em movimentação de passageiros.
De acordo com a Inframérica, concessionária que administra o terminal, “os voos que continuarão a operar realizam apenas trechos domésticos. Desde o dia 25 de março, os voos internacionais regulares no terminal brasiliense foram completamente suspensos. Não há previsão para a retomada dos demais voos”.
O Aeroporto de Brasília liga a capital do país a 43 destinos domésticos e nove internacionais. Com a redução, o terminal tem oferta de voos para apenas 16 destinos, localizados nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.
O terminal também informa que a queda na demanda de passageiros resultou também “no fechamento de parte de uma das salas de embarque”. A ala cuja operação está suspensa comporta os portões de 1 a 14.
“A concessionária ainda estuda a suspensão das operações de uma das pistas de pousos e decolagens. A medida tem por objetivo otimizar a utilização da infraestrutura aeroportuária durante o período de pandemia e mitigar os efeitos econômicos da crise causada pela Covid- 19”.
A decisão também impacta no fechamento temporário de lojas e quiosques localizadas no terminal. “Ainda é possível encontrar serviços essenciais como farmácia e lanchonetes, principalmente nas salas de embarque”, reforça a concessionária.
Impacto econômico
De acordo com a Inframérica, a produção do setor do transporte aéreo representou “11% do total da produção do Distrito Federal, com a geração de 737 mil empregos diretos, indiretos e catalisados, o pagamento de R$ 6,5 bilhões em salários nos mais diversos setores da economia local e o recolhimento de R$ 2,7 bilhões a título de impostos”. A empresa se baseia em estudo publicado pela Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear).
“Além da queda na movimentação, a rotina no Aeroporto de Brasília mudou. Agora, funcionários do atendimento ao cliente usam máscaras e luvas, e os colaboradores cujas atividades podem ser desenvolvidas fora do aeroporto estão trabalhando em regime home office”, diz o comunicado.
Há também telas informativas e avisos sonoros alertam sobre os riscos da Covid-19 e as formas de prevenção. “Nos banheiros, comunicados instruem como lavar bem as mãos e nos elevadores novas regras pedem ocupação máxima de três pessoas”, continua a nota.
A empresa adesivou o chão do terminal sobre a necessidade de se manter um distanciamento de dois metros entre pessoas. “Há dispensers de álcool gel nas áreas de grande circulação de trabalhadores. A equipe de limpeza intensificou a higienização de balcões de check-in, corrimãos, escadas e esteiras rolantes, totens de autoatendimento e a reposição de sabonete nos 33 banheiros do aeroporto”.