“Covardia”, diz parente sobre 33ª vítima de feminicídio no DF em 2023
Jaqueline Reis foi assassinada a facadas na véspera do Ano-Novo; principal suspeito do crime está foragido. Ela deixa três filhos
atualizado
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O assassinato de Jaqueline Reis (foto em destaque), aos 29 anos, indignou os familiares e amigos da vítima. A mulher foi assassinada a facadas na véspera do Ano-Novo. O principal suspeito é o ex-companheiro Luiz Cláudio de Lima Moreira, 41, que está foragido.
“Covardia com ela”, declarou uma pessoa próxima à família, que preferiu não se identificar. “Ela tinha um coração enorme”, acrescentou. Jaqueline deixa três filhos pequenos: de 12, 8 e 4 anos. A mulher foi socorrida por populares, que a levaram para o Hospital Regional de Planaltina. Porém, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
De acordo com os relatos, Luiz Cláudio e Jaqueline tiveram um relacionamento conturbado, e ele não aceitava o fim.
A coluna Na Mira apurou que Luiz tem passagem antiga na polícia, por roubo. Com medo do foragido, familiares preferiram não se identificar.
Áudio
No mesmo dia que a ex-namorada do filho foi assassinada a facadas, o pai de Luiz enviou um áudio à vítima. O filho é o principal suspeito de feminicídio. Na mensagem, o pai tentava alertar Jaqueline Reis, 29 anos, sobre o perigo que corria naquela véspera de Ano-Novo.
“Se eu fosse você eu saía fora daí”, disse o pai de Luiz a Jaqueline. “Cai fora, se esconde, vai para algum canto. Ele vai te procurar”, continuava a mensagem em tom desesperador.
Ouça:
O crime é investigado pela 16ª DP (Planaltina).
Feminicídio
Esse é o 33º feminicídio do ano. Na terça-feira última (26/12), Michele Carvalho Magalhães foi apontada como a 33ª vítima do crime, mas, após uma reviravolta, o caso foi apontado como homicídio.
Em 2023, o DF teve registro da violência no primeiro e no último dia do ano. Em 1º de janeiro de 2023, Fernanda Letícia da Silva, então com 27 anos, foi asfixiada pelo namorado Maxwel Lucas Rômulo Pereira de Oliveira, 32, na QNP 17, em Ceilândia.
Após cometer o crime, o assassino chamou os parentes e confessou o homicídio. Maxwel disse para a mãe que a companheira estava com a boca roxa. Antes de fugir, ainda pediu para a família “chamar a polícia para buscar o corpo”.