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“Coruja”, suspeito de matar travesti no DF, era cliente conhecido

Segundo garota de programa, o assassino fazia uso contínuo drogas e só se relacionava com travestis

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Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O assassinato de Ana Clara Lima, mais conhecida como Júlia, repercutiu entre garotas de programa que trabalham na Asa Norte. O suspeito da morte era conhecido como “Coruja” e tinha 51 anos. O crime ocorreu em frente em frente ao prédio da Caixa Econômica Federal entre 1h e 3h da madrugada dessa sexta-feira (17/01/20120). O homem segue foragido.

Uma garota de programa, que preferiu não se identificar, contou à reportagem que muitos homens vão ao local especificamente para abordar travestis.

“O Coruja sempre estava por aqui, já era cliente conhecido. Ele era muito louco e drogado, só ficava com as trans, assim como muitos outros caras”, afirmou.

De acordo com ela, o movimento é muito grande na área. “A Julia era uma das travestis mais corretas e finas daqui, e nunca se metia em confusão. É até estranho porque as transsexuais daqui não ficam na rua”, explicou.

A mulher diz que a maioria das travestis recebe os clientes com combinação fechada direta em sites específicos. “Só descem para a rua quando o movimento deles (sites) está fraco”, contou a mulher.

Requisitada

Ainda segundo a colega de trabalho, Júlia ganhava bem por meio de uma dessas páginas e era umas das travestis mais requisitadas do local. A mulher ainda conta que, em um ano que está na região, essa foi a primeira vez que ficou sabendo de um crime cometido.

“Particularmente, eu nunca fui roubada e também nunca vi tentativa de assalto. Toda hora tem polícia aqui na região. Tanto é que, na hora do crime, um estava fazendo ronda”, afirmou.

A garota de programa ainda chamou atenção para o fato de que, às vezes, há roubos entre travestis e clientes. “Já teve muitos casos de travestis que roubaram celular e outras coisas dos clientes, assim como eles também levam coisas delas. Mas a Júlia não era disso, ela era a mais correta”, explicou a mulher.

De acordo com a Polícia Militar (PMDF), outra travesti foi ferida com um corte no braço, mas passa bem. A Polícia Civil (PCDF) investiga o caso.

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