Corte de R$ 36,6 mi vai afetar bolsas e benefícios da UnB, diz reitora
Universidade teve 14,5% da verba comprometida após cortes orçamentários do governo federal. Reitoria tenta reverter danos
atualizado
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Os cortes orçamentários divulgados pelo governo federal no último sábado (28/5) comprometem a cessão de bolsas e benefícios estudantis na Universidade de Brasília (UnB). Segundo a reitora Márcia Abrahão, 14,5% da verba da instituição de ensino foi impactada.
Após um dia inteiro de reuniões, a reitora da UnB explicou ao Metrópoles que as contas do atual mês não serão abaladas, mas os próximos devem ser difíceis, caso o corte não seja suspenso.
“Todas as áreas serão afetadas. Bolsas e benefícios estudantis, por exemplo. Esse corte mexe em todas as áreas das nossas universidades, no meio do ano, e com impacto no funcionamento das nossas instituições”, ressaltou.
O novo bloqueio de verbas significa uma perda de R$ 36,6 milhões no orçamento da UnB. “Uma coisa que nos chamou a atenção, em levantamento feito pela área técnica, é que dos R$ 4 milhões cortados, 76% seriam destinados para a educação”, destacou Abrahão.
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A reitora explicou que, para ela, a única forma de sanar os possíveis danos é reverter o bloqueio de verba. Márcia pede compreensão e apoio por parte dos estudantes e da população.
“É importante que o estudante tenha consciência da gravidade da situação e como isso compromete o funcionamento da universidade. Temos que estar unidos para reverter isso, ver como vamos sobreviver. A única solução é a reversão”, completou.
Entenda
Na última sexta-feira (27/5), o Ministério da Educação (MEC) anunciou o bloqueio de R$ 3,23 bilhões no orçamento. A medida prejudicará principalmente a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Logo quando anunciado o bloqueio, as instituições federais de ensino alertaram a necessidade de cortar gastos com pesquisas científicas, projetos de extensão, manutenção e assistência estudantil para alunos de baixa renda.
A medida ocorre enquanto o governo se prepara para conseguir bancar reajuste linear de 5% para todo o funcionalismo público. O bloqueio total no Orçamento da União deve ficar próximo de R$ 14 bilhões.
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