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Corte de cabos deixa Buriti, hospitais e até PCDF sem internet; responsáveis vão para delegacia

A Residência Oficial do Governador de Águas Claras, e até presídios, como Centro de Progressão Penitenciária (CPP) ficaram sem conexão

atualizado

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Divulgação/Neoenergia
Homem com capacete de segurança, dentro de elevação móvel mexe em fiação elétrica
1 de 1 Homem com capacete de segurança, dentro de elevação móvel mexe em fiação elétrica - Foto: Divulgação/Neoenergia

Dois funcionários da empresa Neoenergia Distribuição Brasília foram presos em flagrante, nesta quinta-feira (9/9), por equipes da Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), após cortarem cabos de fibra ótica responsáveis pelo fornecimento de internet para a maioria dos órgãos do Governo do DF (GDF).

As redes percorrem postes de energia que pertencem à distribuidora. Empresas privadas que terceirizam o serviço de internet precisariam identificar a fiação, de acordo com normas estipuladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Caso contrário, os cabos seriam removidos. Os cortes foram feitos pelos funcionários e deixaram órgãos como a própria PCDF e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) sem acesso a sistemas que precisam de conexão com a internet.

O Metrópoles apurou que a Residência Oficial de Águas Claras (Roac) e até presídios como Centro de Progressão Penitenciária (CPP) ficaram sem conexão. Órgãos como as secretarias de Transporte e Mobilidade (Semob), Fazenda (Sefaz) e da Criança, além do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) tiveram a conexão com a internet interrompida. Até o Palácio do Buriti, de onde despacha o governador Ibaneis Rocha (MDB), sofreu com o apagão na rede de internet.

Fiança 

Os dois funcionários da Neoenergia foram autuados no artigo 266 do Código Penal, relacionado ao crime de interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico. Ambos foram liberados após pagar fiança de R$ 1,5 mil cada.

A Neoenergia Brasília reforça que “os profissionais estavam exercendo regularmente suas funções, cumprindo a legislação em favor da sociedade, removendo cabos não identificados e que ofereciam risco de segurança à população.”

Além disso, a empresa “esclarece que iniciou, nessa quinta-feira, uma operação piloto de ordenamento das redes de telefonia e telecomunicações do Park Sul, no Distrito Federal, para minimizar o risco de acidentes com a população. Na ação preventiva, foram removidas as fiações que ofereciam riscos à segurança da população e estavam sem a identificação necessária da empresa responsável, contrário ao que estabelece a legislação do setor elétrico nacional. A atividade de segurança tem o intuito de disciplinar a utilização de postes que, por força da Resolução Conjunta nº 001/1999, da Aneel/Anatel/ANP, a distribuidora é obrigada a compartilhar com as operadoras de telefonia, TV a cabo, transmissão de dados, entre outras. Em relação ao GDF, a concessionária está em contato com a administração para esclarecimentos.”

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