Corregedoria arquiva processo sobre ameaça feita por delegado da PCDF
O delegado da PCDF Laércio de Carvalho Alves era investigado por abuso de autoridade e ameaça contra funcionários do Aeroporto JK
atualizado
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A Corregedoria da Polícia Civil do Distrito Federal arquivou o processo contra o delegado Laércio de Carvalho Alves por abuso de autoridade e ameaça. De acordo com a decisão do órgão, os relatos de testemunhas vão contra o que foi relatado pelos funcionário de uma companhia aérea.
O caso ocorreu em 2020, quando o delegado foi denunciado pelos funcionários da companhia aérea por abuso de autoridade e ameaça após ser impedido de embarcar armado no Aeroporto Internacional de Brasília.
A Corregedoria da corporação investigava a conduta do servidor desde janeiro de 2021. A decisão, assinada pelo corregedor-geral da PCDF, afirma que a análise dos fatos levou ao arquivamento do processo.
“Por tudo que foi exposto, após meticulosa análise dos fatos e fundamentos constantes nos autos desta Sindicância, resolvo acolher integralmente a conclusão da Comissão Sindicante para arquivar o presente feito”, escreveu o corregedor.
Relembre o caso
Na época, o Metrópoles apurou que o policial chegou ao terminal à noite, por volta das 20h, para pegar seu voo com destino a João Pessoa (PB), com conexão via Campinas (SP).
Segundo regra da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), é necessário embarcar com prazo de antecedência de 1h30, principalmente no que diz respeito ao procedimento de despacho de arma. Carvalho, não obstante, chegou faltando seis minutos para o encerramento no check-in, segundo informações da companhia.
O policial apresentou a guia autorização de despacho de arma no balcão. O documento, porém, não estava completo,. De acordo com a companhia área, faltava o trecho de conexão. A falta da informação compromete o transporte do armamento, pois há risco de a arma não chegar ao destino final.
O delegado foi orientado a seguir para o posto da Polícia Federal, no aeroporto, para pegar uma guia correta. Ele também foi alertado sobre o horário de encerramento do voo que, naquele momento, faltava apenas um minuto.
De acordo com os funcionários, o delegado ficou completamente alterado e saiu do check-in ameaçando.
Segundo o relato, Laércio Carvalho retornou depois de 15 minutos com a guia de despacho de arma correta. Porém, foi mais uma vez informado que não havia tempo hábil de fazer o procedimento. Um colaborador da companhia aérea explicou que poderia trocar o voo dele para o próximo, sem custo. No entanto, o delegado continuou alterado.
Quebra de sigilo
O Núcleo de Investigação e Controle Externo da Atividade Policial (Ncap) arquivou outro processo relativo ao delegado Laércio. A ação apurava suposta violação de sigilo profissional.
O órgão optou pelo arquivamento por “falta de justa causa”.