Corpo de homem desaparecido há 5 dias é encontrado no Lago Paranoá
Informação foi confirmada ao Metrópoles por familiares de Maurício Teixeira e pela Polícia Civil do Distrito Federal
atualizado
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O corpo do jovem Maurício Teixeira de Sousa, 34 anos, desaparecido há cinco dias no Distrito Federal, foi encontrado no Lago Paranoá durante buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF) e pela Polícia Civil (PCDF), nesta sexta-feira (2/7).
A informação foi confirmada ao Metrópoles por familiares de Maurício e pela PCDF. Segundo o delegado da 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro Velho), Douglas Fernandes, que estava à frente das investigações, as circunstâncias apontam que o jovem teria tirado a própria vida.
Maurício teria saído de casa, no Cruzeiro Velho, na segunda-feira (28/6), deixando um áudio de despedida no celular da mãe.
De acordo com a mãe de Maurício, Francisca Teixeira Barroso, 58, o filho disse, no áudio, que estava com sequelas da Covid-19. “Mãe, estou com sequela de Covid. Minha cabeça tá demente, estou com fraqueza no corpo, não comi porra nenhuma. Então, minha vida acabou. Depois, a senhora olha a carta que eu deixei. Obrigado, mãe. Valeu”, teria dito Maurício.
O delegado Douglas Fernandes explicou que a PCDF buscava por pistas e informações, já que não era possível rastreá-lo. “Localizamos o carro dele próximo à Ponte JK com alguns pertences, carteira e celular”, afirmou.
Maurício era funcionário público do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e foi visto pela última vez em uma lanchonete da orla da Ponte JK, na terça-feira (29/6). Segundo a PCDF, Maurício pagou o lanche com dinheiro e desapareceu em seguida.
Familiares e amigos de Maurício fizeram correntes de orações para encontrá-lo. “Estou arrasado. Isso tudo é muito triste, não tenho nem palavras. Só um milagre de Deus para ajudar a encontrar meu filho”, desabafou Osmar Teixeira, 67 anos, pai de Maurício.
A mãe contou ao Metrópoles que o filho apresentava comportamento estranho nos últimos dias. “Ele estava sentindo muita fraqueza, falava que a cabeça estava bagunçada e não conseguia organizar os pensamentos. Ele estava com medo, ficava dizendo que ia ter sequelas para o resto da vida e entrou em colapso, deixando carta de despedida e tudo”, lamentou Francisca.