Coronel que usou dados de colisão em trama para matar Moraes é indiciado
O tenente-coronel do Exército Rafael Martins está entre os indiciados pela PF por suposta tentativa de golpe de Estado após vitória de Lula
atualizado
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O general da reserva Mário Fernandes e o tenente-coronel do Exército Brasileiro Rafael Martins (foto em destaque) estão entre os 37 nomes indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga uma tentativa de golpe de Estado em 2022. Os dois foram detidos nesta semana por suspeita de serem os responsáveis pelo plano “Punhal Verde e Amarelo” – que tinha como objetivo matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes; e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB).
Conforme revelado pelo Metrópoles, os dois, junto a outros três militares, chegaram a estar perto da casa de Moraes em 15 de dezembro de 2022. O grupo considerava executar as autoridades por envenenamento.
Fernandes e Martins estão na lista da PF enviada ao STF. Agora, cabe à Procuradoria-Geral da República (PGR) definir se apresenta denúncia contra os indiciados ou não. O inquérito está sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Entre os indiciados pelo envolvimento na idealização do plano golpista estão o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno.
Também está entre os indiciados o presidente do PL, Valdemar Costa Neto. Veja a lista completa:
- Alexandre Castilho Bitencourt Da Silva;
- Alexandre Rodrigues Ramagem;
- Almir Garnier Santos;
- Amauri Feres Saad;
- Anderson Gustavo Torres;
- Anderson Lima De Moura;
- Angelo Martins Denicoli;
- Augusto Heleno Ribeiro Pereira;
- Bernardo Romao Correa Netto;
- Carlos Cesar Moretzsohn Rocha;
- Carlos Giovani Delevati Pasini;
- Cleverson Ney Magalhães;
- Estevam Cals Theophilo Gaspar De Oliveira;
- Fabrício Moreira De Bastos;
- Filipe Garcia Martins;
- Fernando Cerimedo;
- Giancarlo Gomes Rodrigues;
- Guilherme Marques De Almeida;
- Hélio Ferreira Lima;
- Jair Messias Bolsonaro;
- José Eduardo De Oliveira E Silva;
- Laércio Vergilio;
- Marcelo Bormevet;
- Marcelo Costa Câmara;
- Mario Fernandes;
- Mauro Cesar Barbosa Cid;
- Nilton Diniz Rodrigues;
- Paulo Renato De Oliveira Figueiredo Filho;
- Paulo Sérgio Nogueira De Oliveira;
- Rafael Martins De Oliveira;
- Ronald Ferreira De Araujo Junior;
- Sergio Ricardo Cavalieri De Medeiros;
- Tércio Arnaud Tomaz;
- Valdemar Costa Neto;
- Walter Souza Braga Netto;
- Wladimir Matos Soares
Segundo a PF, as investigações apontaram que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas e isso permitiu a individualização das condutas e a constatação da existência dos seguintes grupos:
a) Núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral;
b) Núcleo Responsável por Incitar Militares à Aderirem ao Golpe de Estado;
c) Núcleo Jurídico;
d) Núcleo Operacional de Apoio às Ações Golpistas;
e) Núcleo de Inteligência Paralela;
f) Núcleo Operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas